Um aplicativo francês chamado “O meu filho é gay?” desenvolvido para rodar no sistema operacional Android, foi recebido com muitas críticas e tem sido tachado de homofóbico. Ele se propõe a ajudar mães e pais de adolescentes a “encontrar a verdade” através de 20 perguntas, entre elas: “Ele gosta de futebol?”, “Ele lê revistas e jornais esportivos?”, “Ele gosta de Madonna?” ou “Ele passa muito tempo penteando os cabelos?”.

Uma vez que o questionário é preenchido os pais recebem uma das duas respostas: “Você não tem com que se preocupar, seu filho não é gay. Você tem uma chance muito boa de ser uma avó com todas as alegrias que isso traz”. Ou outra resposta curta e grossa: “Seu filho é gay. Aceite-o e saiba que isso não é uma escolha sua”.

Entidades de defesa dos direitos dos gays do mundo todo já estão se manifestando contra os desenvolvedores do aplicativo. Uma delas é a Rede de Gays, Lésbicas e Heterossexuais na Educação dos EUA que denunciou o app como homofóbico e intolerante.

Eliza Byard, diretora-executiva da entidade, disse em entrevista à CBS New York: “As perguntas neste app são estereótipos horrendos que seriam completamente ridículos se não fosses tão perigosos”.

“Se o resultado é gay, apresenta-se como uma catástrofe. Se não é, é um alívio” – criticou Louis-Georgs Tin, do Comitê Idaho (International Day Against Homophobia), citado pela Agence France Press. “Trata-se de um instrumento idiota e odioso, com perguntas caricaturais destinado a atacar os homossexuais”, concluiu.



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Aplicativo que ajuda pais a descobrirem se seus filhos são gays causa polêmica

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