Marcelo Serrado em "Fina Estampa"


Créditos: Divulgação / TV Globo

No ar como Crodoaldo, o mordomo gay de Tereza Cristina (Christiane Torloni) em Fina Estampa, Marcelo Serrado está fazendo um grande sucesso na novela das 21h da TV Globo. Com seu jeito engraçado e usando bordões como “Pitonisa”, “Rainha do Nilo”, “Flor do Oásis” para se referir à patroa, o personagem vem conquistando crianças e adultos cada dia mais.

Em entrevista para o Virgula Famosos, o ator contou como se preparou para fazer este papel, revelou qual tem sido a reação do público e ainda deixou claro que Crô não serve para levantar nenhuma bandeira contra a homofobia e sim para divertir o público.

Veja a entrevista abaixo:

Virgula – Como você se preparou para o personagem?

Marcelo Serrado – Fiz uma preparação com o Sérgio Pena, que é o preparador de elenco, um cara que trabalha com vários atores há um tempo, fizemos pesquisa, laboratório.

Você que inventou os bordões usados na novela?

Não inventei nada, é tudo do Aguinaldo [Silva, autor da novela], ele que tem essa capacidade de criar coisas novas.

Qual tem sido a reação do público com você?

Super boa, carinhosa, as crianças também amam. Levei minha filha esses dias no show do Justin Bieber e a criançada toda ficava olhando, rindo, pedindo autógrafo, comentando. O personagem foi criado de uma maneira que não é um gay espalhafatoso, ele é muito humano. Tento sempre fazer com verdade, com delicadeza e isso é bom para o personagem.

Você foi visto em boates gays antes da novela começar, o que você aprendeu com esse laboratório?

As pessoas não sabiam, foi tudo muito inusitado, mas o público foi sempre muito carinhoso, as boates também me receberam muito bem. Acho que fiz uma colcha de retalhos, fiz um pouquinho de cada coisa. Do David Alvarez, que é um amigo meu, peguei o topete, peguei o gestual de personagens que eu assisti durante minhas pesquisas.

Se sentiu incomodado com os boatos de que fosse gay nesse época, já que o público não sabia do que se tratava?

São coisas imbecis que rolam, que não têm nada a ver. Então quer dizer que um cara vai fazer um personagem que é um policial e não pode frequentar uma delegacia? Se a menina vai fazer papel de uma prostituta, ela vai frequentar certos lugares, mas não quer dizer que ela é uma puta. Esses boatos não me incomodaram porque não procedem, o meu trabalho é esse.

Qual a sua relação com os gays?

A melhor possível, tenho vários amigos gays, pessoas queridas que são grandes amigos.

Em “Insensato Coração” houve uma campanha contra a homofobia, acha que seu personagem pode ajudar também com isso?

Eu e o Aguinaldo não quisemos levantar bandeira nenhuma, ele é um personagem leve, divertido, para entreter o público, não tem nada além disso. A gente quer que as pessoas se divirtam com ele, apenas isso.


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