“Minha vida foi um filme de terror”; Andressa Urach fala em programa (Foto: Divulgação/SBT)

O programa “No Alvo” de 11 de agosto recebeu Andressa Urach, vice-Miss Bumbum, empresária, modelo e criadora de conteúdo adulto. Ela se diz vítima de abusos de infância e que se perdeu na adolescência. Usou o próprio corpo para sobreviver e buscou redenção na igreja, onde, segundo ela, foi mais explorada do que no bordel. Transformou a dor em discurso e o discurso em conteúdo pago. De língua afiada e bifurcada, é metade mártir, metade marqueteira. Diz que hoje não se vende, mas sabe exatamente como se posicionar no mercado. Ao sentar na cadeira, ela esteve no alvo.

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A atração, que foi ao ar das 23:20 à 00:15,  garantiu a segunda colocação na Grande São Paulo, marcando 3,3 pontos de audiência, 9% de share e 4,9 pontos de pico. Na mesma faixa horária, a emissora terceira colocada ficou com 2,2 pontos de média durante a exibição de um programa jornalístico e uma série de entretenimento.

Confira alguns trechos, em formato pingue-pongue, do episódio de “No Alvo” com Andressa Urach:

Dizem que toda menina se identifica como a princesa dos contos de fadas. E você? Que princesa seria e por quê? 

Eu acho que eu sou a Andressa Urach. Eu acho que eu sou a princesa da minha história. Eu escrevo a minha história. Eu não poderia me inspirar em nenhum conto de fadas, porque a minha vida foi mais um filme de terror. Mas eu acredito que é bom a gente sonhar e acreditar que, apesar de um filme tão triste, pode ter um final feliz.

Vamos voltar à sua infância. O que a Andressinha, de 10 anos de idade, sonhava em conquistar? 

Nessa época, eu sonhava em ser Paquita da Xuxa. Eu acho que dentro de mim já existia essa vontade de ser famosa, sabe? De buscar um lugar no mundo. Talvez dentro de mim eu acreditava que, sem saber, existia um propósito maior. Eu acho que nada é por acaso. Estar aqui não é por acaso.

Você casou, teve filho, separou e ainda perdeu a guarda. Dá pra dizer que o amor virou o tribunal? 

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Acho que essa foi a pior dor da minha vida, tá? Eu ainda não desisti do amor, porque eu acho que Deus é o amor. Então, se eu desistiria do amor, eu desistiria de Deus. Foi muito difícil o meu relacionamento com esse término tão conturbado, com perder a guarda do meu bebê, ainda mais porque eu estava num momento muito frágil da minha vida, emocionalmente falando, até porque quem me acompanha sabe que eu já tive problemas psiquiátricos, com borderline, internação psiquiátrica, e o fato da minha saúde mental naquele momento estar muito frágil, ele acabou usando isso pra tirar a guarda do meu bebê. E também o fato da sociedade, o mundo, ser muito machista, preconceituoso. Existe um tabu muito grande ainda com a minha profissão de conteúdo adulto. E aí, infelizmente, o meu filho foi tirado de mim. Sou muito julgada porque eu não me defendi na época na imprensa, porque eu tô acostumada a apanhar das pessoas, a ser julgada, mas se eu contasse toda a verdade de tudo que aconteceu comigo, as pessoas envolvidas não teriam tanto suporte emocional para aguentar. Então, eu não me preocupo com o que as pessoas pensam, porque eu sei a mãe que eu sou, eu sei que eu nunca abandonei o meu filho, eu sei o quanto eu amo, eu sei o quanto eu queria estar com ele, criar ele, mas eu acredito que ele vai crescer e quando ele crescer eu vou explicar, ele vai entender e a gente vai recuperar esse tempo perdido.

Na época da separação você expôs muita coisa. Se arrepende de ter feito da sua dor um reality pessoal ou era a única forma de ser ouvida? 

Eu acho que contar a minha vida tanto do livro “Morri Para Viver”, que foi best-seller, mais de um milhão de cópias que eu vendi, estava dentro desse propósito. Acho que talvez as pessoas não teriam a coragem que eu tive, que eu tenho, de contar coisas tão obscuras, coisas tão vergonhosas, que talvez o ser humano esconda, porque todo mundo tem os seus pecados, todo mundo tem os seus erros, mas as pessoas têm medo do julgamento. E ali, quando eu coloquei para fora, coloquei um lixo que estava dentro de mim. É como você ir para um psicólogo, você desabafa, isso te faz bem. Então, assumir os meus erros, assumir quem eu sou, essa Andressa cheia de falhas e defeitos, para o mundo foi “uau, que horror”, mas para mim foi uma forma de libertação, de aceitação.

Você diz que se sentiu usada pela igreja? Mas me diga, você entrou em busca de salvação ou de uma nova chance de marketing pessoal com o aval divino? 

Eu tinha mágoa de Deus, tá? Eu fui abusada quando criança, rejeitada pelo meu pai. Minha mãe tinha que trabalhar, eu não entendia, achava que era um abandono. Sofri muitas decepções ao longo da vida, relacionamentos frustrados, muitas coisas ruins, então eu acreditava que Deus não existia, porque eu pensava onde é que tá Deus, que deixou eu, uma criança, ser abusada, tanta maldade, tanta traição, tantas coisas ruins. Em 2014 eu passei uma experiência de quase morte, onde eu vi minha alma saindo do corpo, fui pro julgamento, acredito, num pós. Quando eu voltei, eu encontrei isso como uma forma de uma segunda chance de fazer novas escolhas. E fazer o livro fazia parte dessa confissão de coisas ruins que eu fiz. Entendi que eu continuaria, talvez, fazendo escolhas erradas e tá tudo bem. Então, quando eu conheci a igreja, eu fui achando que dentro de uma igreja você vai encontrar pessoas boas. E você não encontra pessoas tão boas, porque em todos os lugares existem pessoas boas e más. Mas eu queria entender como você vai pra escola pra você se formar, pra você aprender. Na igreja eu queria entender quem era Deus, quem era Jesus, porque eu não o conhecia, eu já tinha ouvido falar. E eu acho que você só pode amar quem você conhece. E despertou em mim essa curiosidade de saber quem era Jesus, ouvi dos milagres d’Ele. Porque dinheiro, fama, eu sempre tive. Só que eu tinha um vazio dentro de mim. E eu ouvi falar que ele poderia suprir isso. Então, quando eu busquei a fé, foi para preencher o meu coração com o amor d’Ele. E, de fato, eu o encontrei. Quando eu o encontrei, Ele me preencheu e me completou. Mas aí eu descobri que, assim como Jesus, que foi crucificado pelos religiosos, você entende a história, que a religião mata, que ela machuca, que ela fere. Mas que a fé e que esse Jesus que a religião fala é bem diferente do Jesus que é o amor, que é o perdão, que é a compaixão, que vê o próximo, que não julga. Então, são coisas diferentes. E foi bom. Eu acredito que até o que é ruim que você passa, você amadurece e te torna mais íntimo do sobrenatural.

O que você viu nos bastidores da fé que te fez perder a fé na instituição? 

Foi o desvio de verbas, de ver que os dízimos, as ofertas não iam para as viúvas, para os pobres, para os aflitos, oprimidos. É ver que essa verba ia para criar outras empresas que não eram relacionadas à salvação. Você vê que o ser humano prega uma coisa e vive outra. A falta de temor com as coisas de Deus. Os seres humanos fez com que eu ficasse com muito nojo da instituição financeira desse CNPJ que se fala: igrejas.

Você já passou por quase tudo, mas trabalhar com o próprio filho num conteúdo adulto mexe com a imaginação do povo. Como equilibrar amor maternal com performance profissional nesse universo tão polêmico? 

Olha, é isso que as pessoas não conseguem separar, tá? Existe muito um tabu quando se fala sobre sexo. Antigamente, as pessoas nem tocavam no assunto mãe e filho, e as pessoas não têm um relacionamento de conversar com o filho em casa. Às vezes o filho tá passando por vários problemas, tá com depressão, tá pensando em suicídio dentro de casa e a mãe não sabe. O Arthur quando ele se tornou adolescente, eu comecei a conversar com ele sobre vários assuntos, orientando ele: “ó, se um dia dizerem, ‘tu é filho de uma filho da p***’. Aí tu vai dizer: ‘sim, sou. Ela é cara e tu não vai ter condições pra pagar’ ”. Então eu ensinei a ele que o mundo iria agredi-lo verbalmente, que o mundo iria rejeitá-lo e que ele teria que entender que tu tá tudo bem, e que ele não poderia ligar para isso. Quando chegou essa oportunidade de mudar nossa vida financeira, eu vi que nesse trabalho eu ganharia muito dinheiro e eu precisaria de alguém contratado como câmera para trabalhar, e eu sabia o quão bom ele é sendo câmera, eu o contratei, coloquei ele como meu funcionário. Ele fez um excelente trabalho. Se ele não fosse um bom funcionário, ele seria demitido. O fato de as pessoas imaginarem coisas absurdas pro nosso marketing foi muito bom, porque as pessoas achavam que existiria algum tipo de relacionamento entre eu e ele, o que seria abominável. Meu filho, eu jamais olharia pra ele com outros olhos ou ele pra mim. Ali era uma atriz e o câmera. Assim como aqui tem câmeras que são profissionais, e se aqui estivesse sendo filmado um filme, uma série, onde tem um ato sexual, não faz com que mude o caráter dessa atriz, desse ator, ou do câmera que está por trás da máquina. Então, pra gente, é extremamente profissional, é o nosso trabalho. E a gente se respeita por isso. Existe preconceito, sim, mas quanto mais falarem da gente, mais a gente vende.

Seu filho Arthur está seguindo seus passos no pornô, você acha que ele herdou seus talentos para causar ou ele é mais discreto e técnico?

O Arthur é muito inteligente. O Arthur, ele é discreto. É um menino que me dá muito orgulho. Eu admiro meu filho e quem conhece ele e vê o comportamento dele não imagina que seria um menino tão educado, tão respeitador. O filho da p**** é melhor do que talvez um filho de uma médica que é um mal-educado, que trata mal as pessoas, que não cumprimenta o porteiro, que não respeita a senhora da limpeza. Então, eu tenho muito orgulho do meu filho e eu incentivei ele a abrir a plataforma dele, ganhar o dinheiro dele. Afinal, é um trabalho honesto, ele não está roubando de ninguém. Ele não está fazendo mal a ninguém. É uma escolha que ele fez. Ensinei a ele que toda escolha tem uma consequência e ele é forte para aguentar as porradas da vida. Até porque, no mundo, você vale o que você tem.

Você disse que já esteve intimamente com Neymar, Cauã Reymond, Lucas Lucco e Cristiano Ronaldo. Faça um ranking de performance desse time. 

Cristiano, sem dúvida, é o número um. Cauã Reymond é o número 2. Depois dá pra colocar os outros abaixo.

Tem alguma celebridade que foi luz na sua vida, que te ajudou quando você caiu, quando ninguém queria mais estar por perto? 

O Leo Dias, ele me estendeu a mão quando a igreja me roubou e eu falei que eu iria voltar pra prostituição. Ele falou que não era pra mim ir, que ele me ajudava até com dinheiro. Mas eu sou uma pessoa que eu nunca gostei de pedir nada pra ninguém e a ajuda que ele iria me dar seria momentânea, mas não resolveria o meu problema. Ele foi muito humano, muito humano. E eu sou muito grata também ao cantor Latino, porque muitos anos atrás, quando eu comecei no início da minha carreira como modelo, eu fui Latinete dele, fui bailarina. E eu falei pra ele que eu só queria uma oportunidade de ser bailarina dele, que eu não sabia a coreografia, mas que eu iria aprender. E ele acreditou em mim e me deu essa oportunidade, então eu sou muito grata a essas duas pessoas.

Depois de ter sido dizimada na igreja dos outros, você quer fundar a sua. É vingança gospel ou redenção empreendedora? 

Eu aprendi uma fé que você não tem que cobrar nada de ninguém, sabe? Eu quero ter condições de sustentar a minha igreja sem tirar dinheiro de ninguém, ensinar o amor de Deus, a misericórdia de Deus, porque as pessoas precisam aprender sobre a fé, sobre Jesus. E foi muita coisa distorcida da palavra que afastaram as pessoas desse Deus. Então, eu vejo mais como uma missão de vida, sabe? De ter uma igreja para acolher as pessoas que são rejeitadas, as pessoas que são julgadas, as pessoas que, teoricamente, são condenadas ao inferno, porque só Deus sabe se a pessoa vai ser salva ou não. E pra que ela seja salva, ela precisa conhecer Jesus. Ela precisa conhecer a graça. E eu quero fazer como algumas pessoas que já pregaram a sua fé, que é um pouco diferente da minha, mas que eu respeito, por exemplo, Chico Xavier é do espiritismo e ele fez uma obra de caridade, ele nunca cobrou nada de ninguém. Eu seria a parte evangélica, que é o oposto do espiritismo, mas que seria essa fé sem cobrar nada, sabe? Dar sem esperar receber. A fé que Jesus ensinou de graça para as pessoas.

Você quer criar uma comunidade espiritual profunda, mas depois de tanta polêmica, acha que o público vai te ver como pastora ou como uma celebridade tentando fazer marketing da fé?

É mais fácil eu fazer fama sendo doidona do que sendo uma pessoa da fé, né? Mas eu não estou preocupada se as pessoas pensam que eu sou ou que eu não sou. Eu penso assim, que eu sou o que eu sou, eu tenho essa missão de vida, as pessoas querendo acreditar ou não, eu vou fazer o que Deus mandou eu fazer, que é falar que Ele é vivo, que Ele existe, que eu não sou perfeita, talvez eu seja a pior das pecadoras, e ele me deu essa misericórdia, e eu vim pra chamar aquela ovelhinha perdida. Eu não quero as 99, eu tô atrás daquela uma perdida. E tem muitas pessoas que se afastaram de Deus por causa de opressões religiosas, por causa do… Gente! A gente sabe que, infelizmente, os religiosos julgam muito os gays. E isso doía muito o meu coração de ouvir dizer que um gay vai para o inferno ou que tem demônio. Isso eu abomino. Eu acho que Deus fez todas as pessoas. Os gays vieram para confundir os sábios. O gay ensina a gente a amar o próximo, não julgar, que é isso que Deus nos ensinou. Então, eu acho que eles são anjinhos escolhidos para aguentar tanta dor, tanta rejeição, e eu tenho certeza que eles serão salvos. E eu gosto muito, assim, de falar desse Deus que eu conheço. Talvez eles, por sofrerem tantos julgamentos desde que nasceram, talvez entendam as minhas escolhas, os meus erros, as minhas falhas, e talvez eles me ouçam, porque só tem misericórdia que um dia precisou dela.

Você já disse que o pornô é uma máquina de fazer dinheiro. Mas é só dinheiro que se ganha ou também se perde paz, saúde, gente? Aliás, quanto a máquina Andressa tem faturado por mês nessa indústria? 

O pornô, existem números que comprovam que dá muito dinheiro. E realmente, de fato, dá dinheiro. Mas não é fácil, assim, para sua mente. Porque antes de eu trabalhar com conteúdo adulto, eu diria: “jamais vou fazer conteúdo adulto”. Eu tinha esse preconceito, porque o mundo deixa as pessoas que trabalham numa posição inferior. A gente sofre muito julgamento, é bem pesado, a crítica é muito grande. Eu estou acostumada com isso, mas logo que eu entrei, as pessoas que eu amava, por exemplo, meu pai, ele me julgou muito, ele falou coisas horríveis, ele disse que eu não era filha dele por ter escolhido a profissão. E depois de um ano de faturamento, hoje ele trabalha com conteúdo adulto. Ele seguiu os meus passos, quem me julgou seguiu os meus passos e eu o apoiei. Eu disse: “vai lá, vai ganhar o seu dinheiro”. Então, você ganha, sim, muito dinheiro, mas tem pessoas que não vão conseguir pagar o preço, que é alto.

Você já falou abertamente sobre depressão, recaídas, dores profundas. Como está sua saúde mental hoje? Ainda vive dias de batalha ou já aprendeu a andar sem muletas emocionais? 

Hoje eu estou bem, mas há um mês atrás eu pensei em suicídio, eu tive depressão. Eu passei por uma traição financeira de sócios que eu confiei. Perdi meu Instagram, perdi meu iCloud. Então foram muitos baques financeiros que eu trabalhei muito para conquistar um patrimônio, onde eu achei que agora eu já poderia me aposentar do conteúdo adulto. E quando eu vi que esse dinheiro estava indo, eu também quase pensei em desistir, porque não é fácil ser Andressa Urach. Não é fácil você sair da pobreza e construir o império através da sua própria dor, porque eu nunca machuquei ninguém. Se eu machuquei foi a mim mesma. Foi o meu corpo permitindo que pessoas que eu não queria me tocassem, a minha mente, de pensar que eu queria ter nascido numa família estruturada, com pai, com mãe, com uma condição financeira boa para que eu pudesse ter estudado, ser uma médica, salvar pessoas. Mas não é a minha história. Eu não sou a princesinha do conto de fadas. A minha história é outra. E eu tive que mudar a minha vida. Hoje, o que me faz feliz é saber que eu construí um patrimônio, apesar de ter perdido já muito, eu já estive muito pior. E eu construí um patrimônio onde meu filho tem onde morar, ele tem o dinheirinho dele guardado, ele investe, ele é um homem de caráter. A minha mãe tem duas casas, uma delas é alugada, porque ela vai se aposentar. Meu irmão, eu dei o apartamento, carro, minha mãe, carro. Então, assim, às vezes a pessoa trabalha tanto e talvez ela nunca consiga comprar a sua casa, que é o sonho de toda pessoa que não tem condições financeiras. E se hoje eu partisse dessa vida, eu vejo que valeu a pena, apesar de muita dor, apesar de ter sofrido tanto, por eles eu faria tudo de novo. Pelo meu filho, pela minha mãe, pelo meu irmão, pelo meu padrasto. Pelo Leãozinho [Leon], meu bebê, eu faria tudo de novo. Pra eles não precisarem passar o que eu passei e sofrer o que eu sofri. Eu sofreria tudo de novo por eles.

Você ainda traz muita cantada na rua? E qual foi a mais engraçada que você ouviu desde que declarou: “mamãe não tá mais no mercado”? 

Eu ouço sim muita cantada na rua, mas acho que na internet as pessoas são mais chulas, vulgares. Mas, pessoalmente, assim, não tem nada que tenha sido ofensivo ou, sabe, ou até engraçado. Porque eu vejo muito respeito pelas pessoas. Apesar das pessoas acharem que não, eu vejo respeito das pessoas, assim, no meu dia a dia, por onde eu passo. Porque existem duas pessoas diferentes, né? A Ímola, que é um personagem, e a Andressa Urach. E a Andressa Urach é totalmente diferente. Então, fora das câmeras, dos holofotes, eu sei me comportar, eu tenho postura, eu me visto de forma adequada. Então, acho que não abre essa opção da pessoa querer falar algo vulgar ou chulo pessoalmente, porque eu me dou respeito.

Hoje no mundo da televisão, você tem algum desafeto? 

Não, eu perdoei todas as pessoas que me magoaram, pedi perdão pra todas as pessoas. Na época, eu briguei muito com a Bárbara Evans, do reality show, e eu pedi perdão pra ela, Denise [Rocha] também, a gente até marcou de gravar conteúdo adulto junto. Então, eu não tenho nenhum desafeto.

Quando você fala: “eu espero nunca mais precisar me vender”, ainda existe esse medo, esse fantasma rondando, mesmo no sucesso? 

Pra mim, que já vivi muito isso, é algo que eu não gostaria mais. Mas se precisar, o farei.

Você gosta do que você faz, Andressa? Ou você só faz por dinheiro? 

Não, eu não gosto do que eu faço. Eu faço porque eu encontrei uma forma mais rápida de alcançar os meus objetivos financeiros. Eu quero me aposentar, quero terminar de construir o meu patrimônio. E eu sei que a idade vai chegar e a gente não pode ficar dependendo do governo para poder ter um salário na nossa aposentadoria. Então, estou trabalhando para isso. Mas não posso dizer para você que eu me orgulho ou que eu gosto. Eu faço o que tem que ser feito. Entrego um ótimo resultado. Tenho ótimas vendas e dá para se dizer que sou uma excelente atriz.

“No Alvo” é exibido toda segunda-feira, às 23h15 (horário de Brasília), no SBT e no +SBT.


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“Minha vida foi um filme de terror”; Andressa Urach fala em programa

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