Em seu afã de experimentar, Marisa Monte colaborou com artistas novos, como o multi-instrumentista e ganhador de um Oscar, o argentino Gustavo Santaolalla, e o guitarrista brasileiro de Los Hermanos e da Orquestra Imperial, Rodrigo Amarante.

Apesar da parceria com os novos talentos, seus colaboradores frequentes não ficaram de fora, “companheiros de muito tempo” como seu coprodutor, Dadi, assim como Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes, com os quais começou a trabalhar em 2002 no disco Tribalistas.

“Tenho companheiros muito estáveis, mas sigo buscando renovação e novas sensações através de novos colaboradores”, diz a artista, que divulgou este disco entre Rio de Janeiro, São Paulo, Buenos Aires, Los Angeles e Nova York.

Sua última turnê, com o disco Infinito ao Meu Redor (2008), incluiu 140 concertos por 50 cidades, 15 países e quatro continentes.

Diante de sua nova “perspectiva de vida”, ela adianta que aqueles tours titânicos ficaram no passado, pelo menos até os filhos dela crescerem. “Agora prefiro equilibrar as coisas, embora toda mãe trabalhadora enfrente o problema de como fazê-lo”, confessa Marisa.

“Este ano quero fazer 60 shows, mas acho que no final serão 80”, ri resignada diante das múltiplas exigências de cantora, considerada pela edição brasileira da revista Rolling Stone como “a artista viva mais importante” do país.

Ela conta que se cuida muito para não acreditar nesse rótulo, “porque é uma questão de gosto”. “Gosto de estar entre os melhores, mas não de me sentir como a melhor, porque isso me limitaria, não poderia crescer mais”, afirma a respeito.

“Gosto do que eu faço, trabalho muito e sempre tento dar o máximo. O talento tem que andar junto com o trabalho, sempre soube disso”, ensina a cantora, que arranca aplausos do público e o, mais difícil ainda, dá crítica.

Os 9 milhões de discos vendidos e três prêmios Grammy Latino provam as expectativas criadas em torno dela, cuja ascensão parece caminhar paralelo a do Brasil, que viveu grandes mudanças sob os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e, agora, com Dilma Rousseff, outra mulher trabalhadora.

“Dilma está fazendo um bom trabalho. Ela tomou as rédeas da herança de Lula, com o qual o Brasil começou a viver bons tempos”, celebra a artista.

Durante entrevista, a cantora Marisa Monte admite que seria uma honra participar da cerimônia de abertura dos próximos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro.


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Marisa Monte: "Seria uma honra abrir as Olimpíadas"

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