Após o fim da novela Lado a Lado, Klebber Toledo, de 27
anos, tem se dedicado aos ensaios para o quadro Dança dos Famosos, do programa
Domingão do Faustão. Em entrevista exclusiva ao Virgula Famosos, o ator
comentou seu atual desafio na TV, a atuação da namorada Marina Ruy Barbosa em
Amor à Vida, além de dar sua opinião sobre os protestos que estão acontecendo no Brasil.

Depois de uma temporada atuando no musical Fame e também se
dedicando ao personagem Umberto na última trama das 18h da TV Globo, ele
aceitou testar suas habilidades com a dança na TV. A participação do ator calhou
bem no ano em que o quadro está completando dez anos, mas ele já havia sido
sondado em outra edição, porém não pode aceitar o convite por estar comprometido
com outros trabalhos.

Klebber tem feito bonito nos palcos do programa e  está entre os três melhores classificados do grupo dos homens, ao lado de Tiago Abravanel e Adriano Garib. Ele contou como
tem sido os ensaios para suas apresentações com a professora Ivi Pizzott: “Não
tem como não encontrar dificuldades, é normal, não sou dançarino, sou ator. Mas
todo mundo que está lá está passando um pouquinho por isso. Têm momentos que a
cabeça entende, mas o corpo ainda não faz o que a gente manda. Eu sou muito
perfeccionista, então fico martelando, batendo na mesma tecla até que eu acerto”.

Mas, mesmo nas semanas em que está de folga dos ensaios, o
ator não tem muito tempo livre e se dedica a outro trabalho: “Tenho uma produtora que é focada em teatro, em projetos de cultura. Também temos a oportunidade de colaborar com o meio ambiente, que
não conseguimos deixar de lado, apoiando alguns projetos. Estamos com quatro peças em andamento até 2014. A gente tem sempre dificuldade de apoio das
empresas para conseguir verba para os trabalhos. Batalhamos por uma
oportunidade, um momento de solidariedade de empresas para poder colocar gente
para trabalhar. Hoje em dia, para se fazer uma peça de teatro, acaba
movimentando cerca de 70 a 100 pessoas, direta ou indiretamente, no menor
dos projetos”.

Mesmo com tantos compromissos, ele arranja tempo para se
dedicar a namorada Marina Ruy Barbosa, com quem está há dois anos. Sobre a
atuação da amada como Nicole em Amor à Vida, ele comenta: “Adoro, a Marina é
muito talentosa, tem uma forma de interpretar sem vícios, não tem uma fórmula.
Costumo dizer que ela tem uma interpretação bastante contemporânea. Acho que
está bem gostoso de assistir”.

Antes de se tornar ator, Klebber chegou a jogar vôlei pela
federação paulista e já trabalhou como garçom e modelo: “Nasci em São Paulo,
mas logo que mudei para uma cidade do interior, que tinha 15 mil habitantes,
chamada Bom Jesus dos Perdões. Surgiu um concurso de modelos em uma cidade
vizinha e um amigo me convidou para conhecer. Acabei indo e depois descobri que
tinha um departamento artístico na agência e parti só para esse lado. Nunca
tive vontade de ser modelo, tanto é que eu tenho vergonha de foto. Daí, já
mudei para São Paulo, fiz vários cursos até começarem os trabalhos na TV”.

Loiro, de olhos azuis, com um bom porte físico e também muito
politizado. Além de se preocupar com causas voltadas para a preservação do meio
ambiente, o rapaz se mostra preocupado com a política e se empolga com o
momento em que o Brasil está passando, com a onda de protestos que tem ocorrido
em diversas cidades do país.

“Eu fico admirado, o futuro depende muito do que a gente faz
agora. A gente não pode ficar esperando. O brasileiro tem muito disso, é um
povo guerreiro, batalhador, mas ficou muito tempo preocupado em falar mal, dizer
que estão roubando, mas faltava esse passo adiante, essa motivação, essa garra
que estão começando a mostrar. Mas também vejo que as pessoas têm que manter um
objetivo melhor. Adoro política, vejo que as manifestações abrangem muita
coisa, tem muita coisa errada sim, mas o foco tem que ser mais direcionado”.  

Ele ainda fez algumas críticas: “O povo está de parabéns,
não tem o que falar, é lindo demais! Mas é óbvio, né? A gente vê um bando de
bandido no meio, pessoas diretamente ligadas ao crime, que estão fazendo um
verdadeiro terrorismo e estão se aproveitando da situação para se beneficiarem.
Acho que, nesses momentos, a polícia tem que bater de frente sim. Acho
engraçado direitos humanos para bandidos, se o cara tiver que roubar, matar ou
estuprar, acaba fazendo e os direitos humanos não aparecem. Mas quando aparece
aí que o policial usou de força contra o cara que quebrou o banco inteiro, daí,
poxa, foge um pouco do que a humanidade está precisando. A humanidade está
precisando mais de lei, amor e um pouco mais de transparência”.

Além disso, Klebber destaca os benefícios que a situação
pode trazer para os jovens: “Vejo reportagens de crianças já querendo
protestar. Para mim, isso traz uma consciência política para o povo brasileiro,
que tem uma educação, a meu ver, do ‘mude para que nada mude’. Tem um monte de
coisa mudando, mudando, mudando e a gente não vê a mudança que realmente quer.
Mas acho que foi bom para atrair os jovens para a política em si. Tem muita
gente que não sabe nem o que é um partido, em quem está votando, não analisa
absolutamente nada. Acha um saco quando tem horário político ao invés de
prestar atenção e saber quais são as propostas, sem saber que aquilo vai
definir a vida de todo mundo, desde o preço que você paga no pão, aos problemas
com trânsito nas ruas, com a saúde, estão todos ligados à política”.


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Klebber Toledo mostra seu lado politizado e comenta onda de protestos no país: 'Foi bom para atrair os jovens para a política'