Pelo menos 31 dos 58 torcedores do Santos que foram detidos na semana passada no Paraguai por incidentes ocorridos após a partida contra o Cerro Porteño, pelas semifinais da Taça Libertadores, chegaram nesta terça-feira a um acordo com um comerciante para reparar os danos que causaram em troca da retirada das acusações.

A juíza Patricia González disse a jornalistas que a conciliação foi assinada por 31 torcedores de uma torcida organizada, presos há seis dias em uma delegacia policial de San Lorenzo, cidade próxima a Assunção.

O documento prevê uma indenização de 28 milhões de guaranis (R$ 11 mil) a um comerciante que teve sua loja destruída pelos vândalos. Além disso, terão que pagar 4 milhões de guaranis (R$ 1580) para serem doados a alguma instituição beneficente a fim de conseguir a suspensão da prisão preventiva imposta contra eles pelo delito de “perturbação da ordem pública”.

A juíza anunciou que nas próximas horas decidirá o futuro dos torcedores, que na quinta-feira passada foram processados pelo juiz Juan Carlos Pane, de San Lorenzo, por outras desordens que protagonizaram na cidade.

A Polícia disse que os acusados atacaram várias lanchonetes com bombas de efeito moral, pedras e paus, danificaram equipamentos e levaram dinheiro das caixas registradoras, prejuízos que foram reparados através de um acordo com as vítimas, segundo a imprensa local.

O grupo, que argumentou que apenas se defendeu de agressões de torcedores do Cerro, será expulso assim que o processo judicial for concluído, segundo a Direção Geral de Migrações do Paraguai.

Os santistas entraram no país vizinho através de Ciudad del Este, a 330 quilômetros de Assunção, na fronteira com o Brasil, em dois ônibus fretados, e retornavam quando se envolveram nos incidentes.

Depois de uma vitória por 1 a 0 no Pacaembu na partida de ida, o Peixe empatou com o Cerro em 3 a 3 e se classificou para a final da Libertadores, contra o Peñarol.


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Torcedores do Santos detidos no Paraguai chegam a acordo para serem liberados

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