A saída de Roberto Carlos por conta de ameaças de morte de representantes de torcida organizada e o possível anúncio da aposentadoria de Ronaldo nesta segunda-feira deixaram mais negativo o clima no Corinthians. Imersos neste cenário de crise, os jogadores sentiram o abalo psicológico e se apresentaram mal em Jundiaí, diante do Paulista. O empate sem gols representou a frieza do jogo, válido pela oitava rodada do Paulistão.

Nem mesmo a goleada por 4 a 0 sobre o Ituano, no meio da semana, foi capaz de inspirar o Alvinegro rumo à terceira vitória consecutiva após a inesperada queda para o Tolima na pré-Libertadores. O resultado vazio no interior do estado manteve o Timão na sexta posição do torneio, com 13 pontos.

Para se ter uma ideia da apatia corintiana em campo, as duas principais chances de gol do duelo foram criadas pelo Paulista. Na primeira delas, logo aos 15 minutos da etapa inicial, Rone Dias soltou um foguete de muito longe e carimbou a trave defendida pelo goleiro Julio César. Logo após o intervalo, a história se repetiu. Barboza bateu rasteiro da entrada da área e viu a bola “beijar” o poste alvinegro.

Estagnados pelo calor e pelo peso do cansaço psicológico trazido pela eliminação na competição continental e o provável desmanche liderado pelos galácticos, os corintianos tentaram ressurgir em campo no momento em que o técnico Tite substituiu o peruano Ramírez por Morais. No entanto, a alteração pouco surtiu efeito.

O apito final do árbitro deixou o Timão ainda mais próximo da realidade. A espera da provável confirmação da aposentadoria do Fenômeno nesta segunda-feira povoa a mente dos atletas e da torcida.


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Timão não sai do zero com o Paulista em Jundiaí