Se perseverança e dedicação são as principais características de um grande campeão, é impossível lembrar de Fórmula 1 e não levar o pensamento a Michael Schumacher – um dos melhores pilotos de todos os tempos. Além do talento nato, o alemão prova, a cada Grande Prêmio, que nasceu para viver em alta velocidade. O lugar mais desejado do pódio tem a sua cara. Deverá ouvir muitas vezes o hino do seu país até resolver dar uma freada na carreira. Mas para a sorte do automobilismo, o pedal direito ainda é sua prioridade. Schumacher vem traçando um circuito profissional brilhante. Está a um passo, ou a um ponto de ser o primeiro piloto da história, na categoria, a ostentar o hexacampeonato, superando Juan Manuel Fangio. Agora, é só aguardar o dia 12 de outubro, no GP do Japão, para que se concretize o esperado, principalmente por torcedores da Ferrari. Ora, se pensarmos que para Michael basta o 12º lugar, ou que Kimi Raikkonen (único que ainda briga pelo título) não termine como primeiro colocado, o piloto alemão pode preparar a festa em comemoração ao que, possivelmente, será a maior de todas as suas vitórias. A não ser que ele pegue o carro de Rubinho por engano… Dificuldades nas pistas são atropeladas impiedosamente pelo alemão. Ele já mostrou, também, que problemas pessoais não tiram sua concentração. Nem mesmo a perda da mãe o fez desistir ou fraquejar. Para alguns, isso pode soar com certa frieza e insensibilidade, porém, profissionalismo sempre marcou a personalidade do piloto. Além disso, Schumacher não parece preocupado com o que pensam a seu respeito. Cá entre nós: se for para o bem do esporte, tomara prevaleçam suas características culturalmente alemãs. E apesar de não brincar nas pistas, Michael Schumacher merece vibrar como criança em Suzuka.

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Talento incontestável

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