O principal jogo da rodada inaugural do Brasil Open 2003 mostra dois jogadores em momentos opostos em suas carreiras. Aos 27 anos, o alemão Rainer Schuettler ocupa o melhor posto no ranking profissional e já sonha em disputar sua primeira Masters Cup. Um ano mais jovem, o mineiro André Sá tenta encerrar um longo jejum de vitórias importantes, que não surgem desde o ano passado.

Schuettler está no circuito desde 95 e vivenciou nesta temporada seus mais espetaculares resultados. Em 22 torneios disputados, foi pelo menos às quartas-de-final em 11 deles. Isso inclui a final no Aberto da Austrália e as semifinais nos Masters Series de Cincinnati, Montreal e Indian Wells, onde eliminou gente de peso como o norte-americano Andy Roddick e o argentino David Nalbandian.Com 46 vitórias e 22 derrotas em 2003, Schuettler é sério candidato a uma das oito vagas na Masters Cup de Houston, evento que encerra a temporada e reúne somente os melhores do ranking. Ele está em sexto lugar na Corrida dos Campeões. “Tenho feito uma ótima campanha, mas preciso manter a regularidade para chegar lá”, diz o alemão, fã de Boris Becker.

Tal currículo certamente será inspiração para Sá, que não conseguiu repetir em 2003 os seus grandes resultados do ano passado, que o levaram ao 55º lugar do ranking. O mineiro ocupa hoje exatamente 100 lugares atrás, a ponto de depender de convite para disputar o Brasil Open 2003. André ganhou apenas quatro de 22 jogos de torneios nível ATP desde janeiro. De novembro de 2002 até junho, não passou por uma única primeira rodada. Aí ganhou jogos nas quadras de grama de Queen´s, Nottingham e Wimbledon. Para complicar, Sá jamais derrotou um tenista entre os 10 melhores: “Já enfrentei Pete Sampras e Marat Safin, em jogos duros. O problema é que não estou numa fase boa”, reconhece.


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Schuettler e Sá vivem momentos opostos

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