O São Paulo complicou ainda mais sua situação no grupo 3 da Taça Libertadores, ao perder nesta quinta-feira para o Arsenal de Sarandí, na Argentina, por 2 a 1, resultado que garantiu o primeiro lugar da chave para o Atlético Mineiro.
O jogo, muito disputado no primeiro tempo, esquentou na etapa complementar, quando saíram os três gols. Aos 20 minutos, Jorge Ortíz abriu o placar, mas o Tricolor buscou o empate sete minutos depois. O desfecho do duelo veio aos 39, quando Diego Braghieri balançou as redes, garantindo a vitória para a equipe de Avellaneda.
A derrota não tira o time brasileiro da segunda colocação da chave. No entanto, a equipe tem agora os mesmos quatro pontos do rival de hoje, com vantagem no saldo de gols (-1 a -3). Como o Atlético Mineiro, com 12 pontos, já está classificado e com o primeiro lugar garantido, a briga pela segunda vaga ainda inclui o The Strongest, lanterna com três pontos.
Para o duelo, sem Luís Fabiano, e com intenção de fortalecer a marcação, o Tricolor entrou em campo no 3-5-2, na prática, com Édson Silva na vaga do camisa 9. No meio-campo, Rodrigo Caio levou a melhor sobre Fabrício e Ganso acabou sobrando, ficando no banco. Na frente, as armas era os velozes Aloísio e Osvaldo.
No Arsenal, o técnico Gustavo Alfaro só trouxe uma novidade na escalação prevista. No ataque, Benedetto acabou ganhando a vaga do até então titular Lugüercio.
Com a corda bem apertada no pescoço, os donos da casa tomaram a iniciativa do jogo e só não marcaram aos 5 minutos por causa da incompetência de Furch. Após duas furadas, de Douglas e Rafael Tolói, atacante ficou cara a cara com Rogério Ceni, mas acabou isolando.
Mesmo dominado territorialmente, o São Paulo respondeu três minutos depois, quando Douglas recebeu cruzou da direita para Osvaldo, que entrada na esquerda da área. O atacante escorou e Aloísio apareceu para tocar sem jeito, com a coxa, em bola que morreria no fundo das redes senão aparecesse o goleiro Campestrini para salvar.
Aos 10 minutos, o Arsenal assustou de novo. Carbonero fez lançamento preciso para Benedetto, que entrou pela direita da área, e soltou um torpedo, obrigando o goleiro são-paulino a fazer grande defesa.
Depois disso, o primeiro tempo ficou truncado e teve poucas oportunidades, mas o time brasileiro, mais solto, conseguiu se organizar melhor. Nova boa chance aconteceu aos 31 minutos, quando Rafael Tolói cobrou falta venenosa, que saiu à esquerda de Campestrini.
Depois de perder o controle do jogo, o Arsenal pouco ameaçou. Nos minutos finais da etapa inicial até tentou pressionar, mas não conseguiu nem de longe ameaçar o gol defendido por Rogério Ceni.
O segundo tempo voltou com o Tricolor acuado, sem conseguir manter a posse de bola e permitindo que o adversário se mantivesse em seu campo defensivo. Assim, ainda aos 6 minutos, Ney Franco começou a preparar duas alterações, conversando com Paulo Henrique Ganso e Maicon, opções para voltar a “ganhar” o meio-campo.
Antes das mexidas, no entanto, o São Paulo acordou e teve duas ótimas chances de abrir o placar.
Aos 7 com Osvaldo, que invadiu a área e bateu forte pra a defesa de Campestrini. No minuto seguinte, o goleiro trabalhou bem de novo, dessa vez em chute de longa distância de Jadson.
Os lances esquentaram o jogo e o Arsenal se pôs a combater o Tricolor. Ainda aos 9 minutos, Ortíz arriscou de longe e Rogério Ceni defendeu, dando rebote. Na sobra, Benedetto insistiu com um cruzamento e Édson Silva cortou.
Enfim, aos 10, Ganso e Maicon entraram nos lugares de Lúcio e Douglas. Logo no primeiro lance depois da mexida, quase que a equipe brasileira abriu o placar. Primeiro Aloísio bateu, obrigando Campestrini a fazer mais uma defesa, na sequência, Jadson pegou o rebote e fuzilou o goleiro, que fez defesa espetacular à queima-roupa.
Com tantas chances desperdiçadas, o São Paulo fez valer o ditado “quem não faz leva”, e aos 20 minutos do segundo tempo, a equipe não resistiu a um verdadeiro bombardeio. Foram necessárias duas finalizações – uma defendida por Rogério Ceni, outra bloqueada pela defesa – até que a bola sobrasse para Ortíz, que bateu forte para vencer o goleiro tricolor.
Vendo sua situação na competição se complicar, o time brasileiro partiu com tudo para cima. Aos 27, Jadson descolou lançamento para Osvaldo que ganhou na corrida do marcador e cruzou para Aloísio. O atacante conseguiu tocar na bola, que foi defendida por Campestrini, mas voltou para o são-paulino balançar as redes.
Depois de inúmeros milagres do goleiro argentino, foi a vez de Rogério Ceni brilhar. Aos 32, após cruzamento na área tricolor, Furch cabeceou bem e o goleiro brasileiro fez ótima defesa. No rebote, Ortíz bateu para o gol, mas acabou errando o alvo.
A pressão dos donos da casa, e cinco minutos depois do milagre do camisa 01 do Tricolor, houve um bate-rebate e Carbonero quase fez. No lance seguinte, foi o São Paulo que, literalmente esteve por centímetros de marcar, quando Osvaldo disparou pela esquerda, rolou para Aloísio, que conseguiu desviar do goleiro, mas não conseguiu alcançar a bola para marcar e a zaga afastou o perigo.
Mais uma vez, a perda do gol foi duramente punida. Aos 39, em jogada iniciada com cobrança de falta do lado esquerdo do campo, a zaga do time paulista bateu cabeça, não conseguiu tirar a bola da área, e ela sobreu para Braghieri, que acertou belo chute, de primeira, recolocando o Arsenal na frente.
De novo atrás no placar, o técnico Ney Franco colocou seu time todo no ataque, lançando o atacante Wallyson no lugar do volante Denílson. A mudança não surtiu efeito, com isso o Arsenal pôde comemorar a vitória que não apenas evitou a sua desclassificação, como recolocou a equipe na briga pela vaga nas oitavas de final.