Raí lança livro em São Paulo


Créditos: André Nespoli

O ex-jogador Raí esteve nesta quinta-feira (14) em uma livraria de São Paulo para lançar o livro Como Gostar de Esporte, de autoria própria e em parceria com a revista Saúde, uma espécie de autobiografia de sua vida esportiva. Nele, relata suas experiências antes, durante e depois de ser profissional e como a paixão por outros esportes, além do futebol, o ajudou como pessoa.

Hoje, ele preside a Fundação Gol de Letra ao lado do também ex-jogador do São Paulo e da seleção brasileira, Leonardo, atualmente diretor no Paris Saint-Germain. Raí lembrou como o contato com as crianças no instituto também o ajudou a ter a ideia para lançar o volume.

“Acho que teve influência (o convívio com as crianças). Não foi só isso, mas teve influência. Depois da maturidade, comecei a ter consciência da importância que o esporte teve para mim e comecei a relembrar, conversando com educadores da fundação (Gol de Letra), da importância da democratização da atividade esportiva, da atividade esportiva como um direito, e isso influenciou”, contou.

O eterno camisa 10 são-paulino é defensor que os esportes sejam praticados desde a mais tenra idade e explicou como, em sua visão, a prática esportiva ajuda a moldar um cidadão.

“Fui lembrando como os meus pais souberam fomentar isso para os seis filhos que tiveram, o que acabou fazendo com que todos nós tivéssemos uma vida ativa até hoje. Penso que isso é uma coisa que não tem preço. Tudo aquilo que o esporte traz de socialização, saúde, educação e também na formação, se você começa a fomentar isso na infância – que é o que a gente faz na Gol de Letra -, com certeza é algo que fará toda a diferença para a qualidade de vida da pessoa, na formação também, para o resto da vida”, analisou o ex-atleta, irmão do ex-jogador Sócrates que morreu em 2011.

Ainda assim, o livro traz um Raí antes de existir o “Raí jogador”.

“(Quis) dividir minha experiência antes da carreira. A minha paixão pelo esporte é muito antes do futebol ou de pensar em ser um profissional. Tenho consciência absoluta de que praticaria esportes independentemente de ser um atleta ou não a vida toda, como estou praticando hoje, pós-carreira”, disse. E completou: “E um dos grandes objetivos é defender a causa dos esportes e que as pessoas se motivem cada vez mais a ter uma vida ativa fisicamente”.

Raí, depois de fazer história no tricolor no começo dos anos 1990, jogou cinco temporadas no PSG e voltou ao time do Morumbi, mas algumas lesões o atrapalharam. Já com mais de 30 anos, além da séria contusão sofrida, em 1998, em um lance com o zagueiro Wilson Gottardo, do Cruzeiro, o então meia do São Paulo viveu com outros males físicos.

“Conto também (dessa) minha contusão, dos perigos de se machucar. Uma contusão também pode desmotivar alguém à prática do esporte. Conto também esse lado, já que acabei voltando e continuando a jogar. Tem essa experiência que eu divido também e outras mais que eu digo, não muitas, mas quando eu era criança ou de amigos, mas acho que é algo que faz parte de quem quer ter uma vida ativa fisicamente, de algum perigo ou alguma coisa que possa acontecer e que as pessoas têm que saber como lidar”, finalizou.

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Em autobiografia, Raí conta como o esporte foi essencial em sua formação