País do gelo e dos ursos polares, a Rússia organizará em 2018, pela primeira vez, a Copa do Mundo de futebol, um dos maiores eventos esportivos do planeta.
As temperaturas, que no inverno podem chegar a 40 graus negativos, dão lugar a até 30 graus do verão, época na qual será disputado o Mundial.


Grande parte do torneio será disputada em cidades que se encontram na parte europeia do país, ao invés de regiões como a Sibéria, onde os verões são curtos.
Por isso, os torcedores que forem à Rússia assistir à Copa não passarão frio, mas seguramente também não calor, já que o torneio será realizado em junho e julho, quando as temperaturas rondam os 20 graus de média.


Na cidade mais oriental e fria, Yekaterimburgo, por exemplo, a temperatura média em junho fica em torno de uns 17 graus.
Enquanto isso, a cidade meridional de Rostov-on-Don é conhecida como o “forno” da Rússia, por seus verões calorosos e úmidos, quando os termômetros registram temperaturas mínimas de 30 graus.


Outro tema preocupante são as grandes distâncias que separam algumas cidades. Para isso, o Governo russo tentará ajuda financeira do consórcio alemão Siemens, com o qual negocia atualmente a fabricação de trens rápidos que unirão Moscou às principais cidades do país.
Além disso, as autoridades devem construir novos aeroportos, por estarem cientes de que essa foi uma das principais críticas do relatório divulgado pela Fifa pouco antes da eleição da última quinta-feira.


Quanto às companhias aéreas, a “Transaero” anunciou que tem planos de abrir novas rotas no sul da Europa, incluindo Espanha e Portugal.
O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, prometeu que a Rússia não pedirá vistos a participantes e visitantes durante a disputa do Mundial, e garantirá o transporte público gratuito em ônibus e trens pelo país aos torcedores que tiverem ingressos para a competição.


Outra questão é o fato de que a Rússia conta apenas com um estádio que cumpre com as exigências da Fifa: o Estádio Olímpico Luzhnikí (84.500 espectadores).
O estádio Luzhniki, onde foram celebradas as cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos de 1980, recebeu em maio de 2008 a final da Liga dos Campeões entre Manchester United e Chelsea.


O restante dos estádios tem capacidade para, no máximo, cerca de 30 mil espectadores, por isso a Rússia se propõe a remodelar três dessas instalações (Luzhniki, Dínamo e Yekaterimburgo) e a construir, do zero, outros 13.
O novo estádio do Zenit São Petersburgo (68 mil espectadores) já está em construção e, de acordo com as autoridades, será inaugurado no final de 2011.


Putin afirmou que a Rússia investiria aproximadamente US$ 10 bilhões na construção de estádios e infraestruturas adjacentes.
No que diz respeito à segurança, a Rússia decidiu ignorar como sede da Copa a região do Cáucaso, o principal foco terrorista do país.


Antes da bola rolar em 2018, a Rússia terá duas competições esportivas para demonstrar que está preparada para o desafio: os Mundiais de atletismo de Moscou, em 2013, e os Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, na cidade de Sochi.


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Rússia promete uma Copa com estádios novos, sem frio e estresse