Após sofrer um grave AVC hemorrágico durante o clássico sem gols entre Vasco e Flamengo, a tendência é que Ricardo Gomes encerre sua carreira de técnico justamente no momento em que alcançou o auge. Pelo menos é esta a opinião do médico Mirto Prandini, neurocirurgião e professor da Universidade Federal de São Paulo. “A atividade de técnico de futebol envolve muito stress, por isso não é indicada para alguém que possua quadro de hipertensão crônica”, disse em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo.

O comandante cruzmaltino está em coma induzido e seu quadro é relativamente grave. Na noite deste domingo, passou por uma cirurgia bem sucedida para retirada de um coágulo e controle da pressão intracraniana. Apenas após as 72 horas inicias de observação será possível prever se Ricardo ficará com alguma sequela do lado direito do corpo e na voz.

O médico vascaíno Alexandre Campello credita o AVC hemorrágico do técnico a um problema de hipertensão mal controlada. O quadro já havia aparecido no ano passado, quando o técnico sofreu um AVC mais leve enquanto ainda treinava o São Paulo. Segundo ele, mesmo que se recupere bem neste novo cenário, a possibilidade de retorno aos gramados ainda nesta temporada é quase nula.

O quadro de hipertensão arterial é mais delicado justamente na faixa etária de 40 a 50 anos. Um dos fatores que pode auxiliar Ricardo Gomes é a boa consistência atlética, baseada na prática esportiva ao longo de quase toda sua vida. “O fato de ter sido ex-atleta ajuda também. Se ele tivesse uma vida sedentária o problema teria acontecido 10 anos antes. Como foi jogador, adiou esse problema”, avaliou Prandini.



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"R.Gomes não deveria mais ser técnico", diz médico

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