Um dos maiores ídolos da história do Fluminense e reserva da seleção brasileira, o ex-goleiro Félix morreu em 24 de agosto, aos 74 anos, e o ex-atacante Alex Alves, que tinha 37 e em cujo currículo constavam passagens destacadas por Cruzeiro e Hertha Berlim, foi vítima de falência de múltiplos órgãos em 14 de novembro.

Félix Miéli Venerando teve sua grande fase vestindo a camisa do Fluminense, onde jogou entre 1968 e 1976, tornando-se um dos maiores ídolos da história do clube. Em 18 de agosto, o ex-goleiro deu entrada no hospital Vitória, em São Paulo, devido ao agravamento de problemas pulmonares, e morreu seis dias depois.

Com a camisa do Fluminense, o ex-goleiro conquistou o Campeonato Brasileiro de 1970 e foi campeão carioca em cinco oportunidades. Pela seleção brasileira principal, Félix jogou 47 vezes, segundo a CBF, tendo estreado em 1965, na vitória por 5 a 3 sobre a Hungria, no Pacaembu. A última partida aconteceu 11 anos depois, em um amistoso contra o Flamengo, no Maracanã, vencido pelo time da Gávea.

Alex Alves, por sua vez, também conquistou títulos, como o Brasileirão de 1994, em que era coadjuvante no Palmeiras, e a Copa da Liga Alemã em 2001 e 2002. No entanto, ficou marcado mais pelo estilo de se vestir e principalmente pela tradicional comemoração jogando capoeira após cada gol marcado.

Em um primeiro momento, foi divulgado que o ex-atleta morreu em decorrência de leucemia. Porém, o Hospital Fundação Amaral Carvalho em Jaú, no interior de São Paulo, onde ele permaneceu internado, esclareceu que a causa foi uma anomalia que interfere na produção do sangue decorrente de uma rejeição rara após um transplante de medula óssea pelo qual passou em outubro.

Ainda no Brasil, chocou a morte de Wendel Junio Venâncio da Silva, em fevereiro. O menino de 14 anos teve um mal súbito no primeiro dia de um período de testes que realizaria no Vasco.

Na Europa, os casos de dois jovens obtiveram grande destaque. O ex-zagueiro Miguel Roqué Farrero, mais conhecido como Miki Roqué, faleceu em junho, aos 23 anos, vítima de um câncer na pélvis que o obrigou a abandonar a carreira como jogador em março de 2011.

Já o meio-campista Piermario Morosini, do Livorno, sofreu uma crise cardíaca durante a partida entre sua equipe e o Pescara, em abril, pela segunda divisão do Campeonato Italiano.

A Colômbia ainda lamenta a morte do ex-goleiro Miguel Calero, campeão da Copa América em casa em 2001, enquanto o atacante paraguaio Diego Mendieta, vítima de tifo em 3 de dezembro, fez aumentar a preocupação sobre a situação do futebol na Indonésia, onde atrasos salarias são corriqueiros. Isso porque o jogador morreu por não ter tido dinheiro para pagar por tratamento médico adequado.

Elogiado pelo trabalho de seis anos feito no Racing Santander, embora a equipe tenha sido rebaixada para a segunda divisão espanhola na última temporada, Manolo Preciado se preparava para assumir o Villarreal. Anunciado como técnico do ‘Submarino Amarelo’ em 6 de junho, ele faleceu um dia depois, vítima de um infarto fulminante.

Prata no salto triplo nos Jogos Olímpicos da Cidade do México, em 1968, e bronze quatro anos depois, em Munique, Nelson Prudêncio morreu de câncer no pulmão em 23 de novembro em uma unidade de terapia intensiva da Casa de Saúde de São Carlos, município no interior do estado de São Paulo.

A morte de Prudêncio deixou o Brasil sem os três maiores triplistas de sua história. O bicampeão olímpico Adhemar Ferreira da Silva morreu em 2001, e João do Pulo, bronze em 1976 e 1980, em 1999.

Com um tiro na cabeça, o pugilista Héctor Luis Camacho, mais conhecido como ‘Macho’ Camacho, foi assassinado em 22 de novembro, aos 50 anos. Foi um fim de vida trágico para um ex-atleta que estava envolvido em problema com a Justiça desde 2005, quando foi preso por tráfico de drogas.

Campeão mundial dos pesos pena, superpena e leve, ‘Macho’ Camacho foi o primeiro boxeador a ser reconhecido como heptacampeão. De 88 combates, venceu 79 (38 por nocaute), perdeu seis, mas nunca foi nocauteado, e empatou três.

Ainda mais trágica foi a morte do jogador de futebol americano Jovan Belcher, de 25 anos. Em 1º de dezembro, o linebacker do Kansas City Chiefs matou a namorada, foi até o centro de treinamentos de sua equipe agradecer pelas oportunidades recebidas e se suicidou na frente do técnico e de um dirigente.

Campeão mundial dos 100 metros peito no ano passado e vice-campeão olímpico na mesma prova nos Jogos de Pequim em 2008, o nadador norueguês Alexander Dale Oen morreu após sofrer um ataque cardíaco em um treino de alto rendimento realizado em Flagstaff, no estádio americano do Arizona, onde treinava com a equipe de seu país visando os Jogos de Londres 2012.

Na época, seus companheiros relataram que o nadador desmaiou após sair da piscina, e todos os esforços para reanimá-lo foram infrutíferos.

O ciclista Víctor Cabedo, uma das promessas da Espanha na modalidade, treinava na cidade de Almedíjar quando foi atropelado por um automóvel e não resistiu aos ferimentos, em 19 de setembro.

Personalidades importantes do esporte mortas em 2012:

Sebastián Viberti (ex-jogador e ex-técnico de futebol argentino).

Orlando Woolridge (ex-jogador de basquete americano).

Yves Niaré (recordista francês de arremesso de peso).

Miljan Miljanic (ex-técnico de futebol sérvio).

Wlodzimierz Smolarek (ex-jogador de futebol polonês).

Fiorenzo Magni (ex-ciclista italiano).

Nikolai Parshin (ex-jogador de futebol russo).

Ricardo Yáñez (jogador de futebol chileno).

Emanuel Steward (ex-treinador de boxe americano).

Alex Karras (ex-jogador americano da NFL).

Mahmoud el Gohary (ex-jogador e ex-técnico de futebol egípico).

Tao Wei (ex-jogador de futebol chinês).

Sergei Ovchinnikov (técnico da seleção russa de vôlei).

Chico Formiga (ex-jogador e ex-técnico de futebol brasileiro).

Jules François Bocandé (ex-jogador de futebol senegalês).

Lautaro Bugatto (jogador de futebol argentino).

Vigor Bovolenta (jogador de vôlei italiano).

Timo Konietzka (autor do primeiro gol da história da Campeonato Alemão).

Mika Ahola (piloto de Enduro finlandês).

Jorge Andrés Martínez Boero (piloto de rali argentino).


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Retrospectiva: Brasil perde eficiência e dedicação de Félix e irreverência de Alex Alves

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