Gustavo Pacheco tem razões de sobra para comemorar: a bordo do veleiro Epsilon, de apenas 6,5 metros, ele atravessou o Atlântico em 36 dias e 11 horas, e foi o único brasileiro a participar da regata Transat 6.50 para velejadores em solitário. Com mar calmo e ventos fracos, Gustavo cruzou a linha de chegada armada em frente ao Centro Náutico da Bahia (CENAB) e, ao desembarcar, foi saudado efusivamente por amigos e familiares. "Resolvi participar da prova mesmo sem patrocinador, só com o apoio institucional do CENAB. Completar uma regata tão difícil como a Transat 6.50 já é uma conquista. Chegar inteiro é um prêmio, principalmente para mim, sério candidato ao título nas categorias menor orçamento e barco mais antigo”, diz. "Sofri muito no período de preparação na Europa, mas nunca desisti desse sonho, precisava provar que eu conseguiria fazer essa travessia sozinho e independente de qualquer coisa”, completou. E revela que essa a Transat 6.50 não é nada fácil. “É preciso ter bastante experiência. Eu pretendo repassar tudo que aprendi para outros velejadores brasileiros. O sono é um dos principais inimigos a bordo. É complicado sair de um ritmo de 8 horas diárias de sono e passar a dormir apenas minutos, segundos. O corpo não relaxa, e a tensão é constante, mas graças a Deus não sofri nada”, contou.


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Regata: Brasileiro é recebido como herói