As declarações do presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de São Paulo, Maurício Bernardino, não agradaram a entidade de Minas Gerais. A líder da associação mineira, Silvania Capanema Álvares, reclamou da afirmação de que só a cidade paulista tem condições de receber o Mundial se o evento fosse hoje.

“Ele (Maurício Bernadino) quer jogar Belo Horizonte no chão. Ele fica falando que nós não temos hotéis, mas nós tínhamos 34 mil leitos quando a Fifa vistoriou. Fora que 70% desses leitos são camas de casais que a Fifa conta como dois leitos”, afirmou Capanema Álvares em entrevista exclusiva ao Portal Virgula.

Para a líder da entidade mineira, a situação de Belo Horizonte está bem cômoda, pois a cidade está acostumada a receber grandes eventos e é bem organizada inclusive para receber a abertura.

“O projeto do Mineirão é muito bonito e além disso o estádio fica muito próximo do aeroporto  e da cidade de Confins que também tem um aeroporto que será reformado”, disse a presidente da ABIH-MG.

Questionada sobre o lucro que um evento do porte da Copa do Mundo poderia trazer para região, a líder demonstrou sinceridade ao admitir as dificuldades em ter boa renda com o Mundial.

“Não tem lucro. A única que ganha com a Copa do Mundo é a Fifa, os hotéis não terão lucro e precisam se preparar nos meses que antecedem o evento para não sentirem o prejuízo. Afinal, quando a Copa está rolando, não temos eventos na cidades que trazem pessoas. Em Copas, o público dos hotéis ficam três dias, veem os jogos e vão embora e nos dias sem partidas tomam prejuízo”, garantiu Capanema Alvarez.

No entanto, não são apenas coisas boas que têm em Minas Gerais. A presidente da ABIH-MG admite que têm alguns pontos que precisam ser melhorados que ainda têm carência.

“Precisamos de mais mão-de-obra, sem dúvida. Os hotéis de Belo Horizonte apresentam carência no serviço de camareiras e cozinha. Mas já estamos fazendo um treinamento para qualificar melhor nosso funcionários”,completou.


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