Antonio Pizzonia está pronto para disputar seu segundo GP Brasil de F-1. Com o alemão Nick Heidfeld fora após ter uma clavícula fissurada, o brasileiro ganha mais uma chance na Williams. Ele espera marca pontos, mas não descarta a chance de pódio.

"Estou super feliz com esta nova chance. Gosto muito de Interlagos. Em 2004, a equipe estava com um carro melhor e venceu, já neste ano a vitória é um sonho distante. Se der sorte, conseguiremos um pódio, mas a realidade é pontuar e farei tudo para isso acontecer. Estou focado e sei que terei de matar um leão nessa corrida. Não será fácil, mas estamos na luta”, afirmou o piloto.

Heidfeld deverá ficar fora até o final da temporada, mas boatos de que Nico Rosberg correrá na Williams as provas restantes não abalam o Pizzonia, que exemplifica falando sobre o ano passado, quando substituiu Ralf Schumacher na equipe inglesa.

“Não sinto pressão. A situação é parecida com a de 2004, quando revezei com o Marc Gene no lugar do Ralf Schumacher. Eu também não sabia se correria ou não, sempre foi decidido em cima da hora. Também não tenho que colocar pressão em cima de mim. Está dando tudo certo e se continuar assim em Interlagos será melhor ainda”, explicou Pizzonia.

Uma boa atuação, além de garantir o piloto na próximas duas corridas, poderá dar uma vaga para ele no ano que vem. Com a confirmação de Jenson Button na BAR, a Williams ainda precisa definir seu outro piloto. O Pizzonia também negocia com a BMW, que comprou a Sauber.

O clima na região do autódromo de Interlagos é muito instável. Por haver muitos lagos (daí vem o nome do local), a chuva é sempre esperada por lá. Para o brasileiro, isso poderá transformar a corrida sem favoritismo para algum piloto.

“Na chuva tudo pode acontecer. O resultado pode cair no seu colo ou pode dar tudo errado. Se chover no sábado, pode acontecer o mesmo na classificação. É muito cedo para traçar alguma estratégia, mas posso dizer que se chover na sexta-feira pode mudar tudo”, concluiu Pizzonia.

Em 2003, quando disputou seu único GP Brasil pela extinta Jaguar (vendida para a Red Bull), o brasileiro viu uma das corridas mais malucas da história da F-1. Na ocasião, muitos pilotos rodaram (inclusive ele e Schumacher quase simultaneamente), as estratégias de pitstop tiveram que ser trocadas, o safety car teve que entrar na pista e Giancarlo Fisichella, com a modesta Jordan, ganhou e seu carro pegou fogo quando parou nos boxes.

Fisichella venceu, mas não comemorou no pódio. A corrida foi interrompida após um forte acidente de Mark Webber e Fernando Alonso (que chegou em terceiro, mas foi levado ao hospital para exames e não foi para a ceremônia de entrega dos troféus), então o resultado conta duas voltas antes. O piloto italiano ultrapassou Kimi Raikkonen na linha de chegada, mas as câmeras só foram usadas com resultado dias após a corrida.


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Pizzonia: 'Se der sorte, podemos chegar no pódio'