Convidado pela federação de futebol de Portugal para assumir temporariamente o comando da seleção do país, o técnico José Mourinho afirmou nesta sexta-feira que, se seu atual clube, o Real Madrid, oferecer “a mínima resistência” à possibilidade de dividir os cargos, recusará a oferta lusa.

A proposta dos dirigentes portugueses é de que Mourinho dirija a seleção nos dois próximos jogos pelas Eliminatórias para a Eurocopa de 2012, contra a Dinamarca, em 8 de outubro, e Islândia, no dia 12 do mesmo mês.

“Neste momento, o Real Madrid é o que mais me interessa. Se me perguntam se vou para a seleção portuguesa, acho que não”, assegurou.

“Para ir, será preciso um acordo total, e não me parece que seja esta a situação. O Real Madrid tem todo o direito de pôr algum obstáculo e, por menor que ele seja, não poderei ir. Por esta razão, é um tema finalizado”, disse o técnico.

Mourinho, no entanto, admitiu em outro momento que acumular os dois cargos “não é uma tarefa impossível”, e lembrou que estaria em contato, na seleção, com três jogadores do Real: Cristiano Ronaldo, Pepe e Ricardo Carvalho.

“É uma situação que tem possibilidades de acontecer. Não faria o trabalho aqui como há duas semanas, quando fui ao congresso da Uefa. Entre uma coisa e outra, treinar a minha seleção não seria uma perda significativa”, afirmou.

“Se fosse um treinador sem contrato, iria amanhã mesmo e de graça para a seleção, mas sou o técnico do Real Madrid e não posso dizer abertamente nem sim nem não à minha seleção”, acrescentou.


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Mourinho diz entender se Real não liberá-lo para comandar seleção portuguesa