Com o advento da Lei Pelé, a relação entre clube e jogador mudou drasticamente. Se antes, o jogador era, literalmente, preso ao seu time, hoje é exatamente o contrário. O poder dos clubes diminuiu e o dos empresários aumentou a ponto de eles serem os principais responsáveis pelo reforço dos clubes.

Um exemplo foi o que aconteceu com o São Paulo em 2010, quando contratou diversos jogadores e alguns, como Léo Lima e Marcelinho Paraíba, foram embora antes mesmo do final da temporada. Isso gerou questionamentos ao planejamento do clube mas, para Marco Aurélio Cunha, superintendente de futebol, não houve falha nas contratações. A culpa é da lei que, hoje em dia, ceifaria até mesmo Raí, um dos grandes ídolos do Morumbi.

“O jogador precisa de prazo. Muitas vezes não tem tempo. Se o Raí estivesse jogando hoje, ele não vingaria. Ele chegou no São Paulo em 87 e só foi jogar mesmo em 89, 90. Havia tempo e até lei do passe. Hoje não, o jogador chega e amanhã já tem que vingar, porque o contrato é curto”, afirmou o dirigente.


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Marco Aurélio Cunha diz que Raí não vingaria hoje no São Paulo