<br>Em outras épocas, a tradição de um time e a grandeza dos campeonatos que ele disputava eram os únicos critérios avaliados por um atleta para aceitar vestir a camisa de uma equipe de futebol. Hoje, as cifras milionárias oferecidas por dirigentes para segurar os jogadores em seus clubes mexem com a cabeça dos profissionais da bola que desde a base são valorizados, muitas vezes mais do que o seu futebol poderiam lhes fazer merecer.

Uma das provas dessa constatação é o caso do atacante Adriano, recém-desligado do elenco do São Paulo, mediante a proximidade do término do seu contrato de empréstimo. Parte do exorbitante salário do Imperador era paga pela Internazionale de Milão e a outra, que correspondia ao Tricolor, beirava R$ 1 milhão, por pouco mais de cinco meses de atuações. Em comparação com o que ganhavam outros "camisas 10" da equipe do Morumbi, como Pita, Pedro Rocha e Raí, a remuneração de Adriano é ainda mais destoante do cenário do futebol de anos atrás, cerca de 20 vezes mais.

"Embora eu acredite que a valorização que os jogadores profissionais receberam ao longo dos anos seja justa, não dá pra afirmar que os contratos feitos pelos clubes sejam confeccionados com os ‘pés no chão’", afirmou Carlos Alberto Torres, o capitão do tricampeonato mundial da seleção brasileira em 1970, que iniciou sua carreira sete anos antes, no Fluminense.

"Hoje em dia, um garoto da base que firma o seu primeiro contrato com uma equipe já ganha mais do que um craque de 30, 40 anos atrás", revelou o "Capita", que não conseguiu atribuir um valor hipotético, nos moldes da atualidade, a atletas como Jairzinho, Zico e Garrincha.

"Com a evolução do futebol e, consequentemente, da parte financeira, não posso aproximar um valor para jogadores como esses. Com a qualidade que alguns têm hoje e ganham tão bem, não haveria dinheiro para pagar o que jogavam Zico, Jairzinho, Garrincha, dentre tantos outros", analisou.

Como exemplo, o capitão do tri citou o inglês David Beckham, que foi atuar no inexpressivo futebol dos Estados Unidos (onde Pelé também jogou), em troca de bons milhões na sua conta bancária, ao fim de longos anos de contrato com o Los Angeles Galaxy.

" Se um atleta como o Beckham, que é bom jogador mas nada de excepcional, recebe 200 milhões pra jogar por vários anos no L.A.Galaxy, quanto receberia o Pelé hoje? Um, dois, três bilhões…?!", questionou.

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Hoje, garotos da base ganham mais que craques do passado

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