Amigos olimpicos,

Em meio ao caos que impera aqui no aeroporto de Santorini, onde aguardo meu embarque para Atenas, rezando para chegar a tempo de ver as semifinais do vôlei de praia e a grande noite de Daiane.

A ilha de Santorini, onde passei o domingo (22/08) e a manhã desta segunda-feira (23/08), e, sem sombra de dúvida, um dos lugares mais paradisíacos do planeta. Não bastasse a incrível beleza natural, com praia de falésias de diversas cores e fascinantes visões panorâmicas proporcionadas pelas erupções vulcânicas registradas nos últimos séculos, as lindas casinhas brancas que se acumulam nas encostas por toda a extensão da ilha, o ambiente de descontração e agito, aliado a um pôr-do-sol de fazer escorrer lágrimas, fazem de Santorini o destino turístico número 1 entre os europeus. Dezenas de vôos charter partem a cada hora para todas as capitais do velho continente, levando de volta alegres e bronzeados turistas que terminam seus 45 dias de férias de verão. Foi uma pausa de 1 dia nas competições ao vivo, mas impossível me desligar das transmissões nos telões espalhados em bares, tavernas, restaurantes e discos. Ao som de techno, comemorei nossa dourada e tão aguardada medalha. Robert Scheidt merece todos os elogios e glórias. Ele eh, com todo respeito a memória do fantástico de Ademar Ferreira da Silva, o maior atleta olimpico brasileiro de todos os tempos. Acredito que Torben Grael se iguale aos dois em poucos dias também obtendo seu segundo ouro olimpico.

Sábado (21/08), no incandescente (e desaconselhável para seres humanos de pele branca como a minha) estádio de vôlei de praia na Costa de Faliro, experimentei pela primeira vez na vida uma temperratura de 46 graus Celsius. A meu lado direito, o campeão olímpico Carlão, dizia que tampouco viu algo parecido em seus 3 anos de experiência no vôlei de praia. No entanto, o
ambiente é contagiante. A cada 3 minutos, o público recebe uma refrescante esguichada que permite a sobrevida até a ducha seguinte. Uma pena o cruzamento entre as brasileiras nas quartas. Ana Paula e Sandra venderam caro a derrota para as favoritas Behar e Shelda. Hoje, devemos carimbar nosso passaporte para a final com as duas e também com Ricardo e Emanuel, que parecem estar tinindo em Atenas.

O vôlei feminino terá uma batalha contra os EUA nas quartas, enquanto o masculino segue um degrau acima dos demais, como demonstrou nas quatro primeiras partidas. Nossas meninas do basquete tem condições de superar as espanholas, mas precisam de uma forte marcação sobre a talentosa ala Palau, que vem desequilibrando até aqui.

E nosso futebol feminino está a um passo de uma final histórica. Basta superar a Suécia, algo possível de ser concretizado. O problema é que, tanto EUA quanto Alemanha, que se enfrentam na outra semifinal, são favoritos ao ouro.

Impossível não comentar a sensacional final dos 100 metros rasos. Michael Gaitlin, Francis Obikwelu (que é tão português quanto minha tia-avó Sara) e Maurice Greene foram ouro, prata e bronze separados entre si por 2 míseros centésimos. Eles voam tanto quanto nosso dinheiro aqui na Europa do euro. Viva a barra de cereais (pena que só trouxe 16).

Saindo do vôlei de praia, fui abordado pela equipe da CNN em espanhol. Não sei se alguém viu a entrevista, mas fui sincero ao responder que sentia tanto medo de atentados ao andar pelas ruas, alamedas e ginásios da capital grega quanto de ficar sentado no sofá do meu apartamento em São Paulo.

Hoje (23/08) à noite espero testemunhar a primeira medalha da historia da ginástica nacional. Vamos gauchinha, duplo twist carpado e esticado pra cima delas, Daiane.

Obrigado a todos que participaram e também aos que tentaram participar do chat do virgula.com na última sexta.

Viva Scheidt. Você é nosso Schumacher.

Abraços olímpicos,
<b>Gerson Caner</b>

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Gerson Caner direto de Atenas