Veja imagens dos bastidores do dia em que o Corinthians conquistou a Libertadores


Créditos: Luiz Teixeira

Se para os torcedores do Corinthians a noite da última quarta-feira (4) foi a realização de um sonho e o fim de uma série de provocações dos rivais, para boa parte dos profissionais de imprensa que tentaram trabalhar na decisão da Copa Libertadores de 2012, no Pacaembu, tudo não passou de um pesadelo.

Com uma visibilidade e proporção midiática maior do que as decisões convencionais, o duelo entre Corinthians e Boca Juniors chegou a receber mais de 800 pedidos de credenciamentos de profissionais de todo o Mundo, que ficou a cargo do time paulista filtrar e selecionar quem poderia trabalhar no evento. E segundo dados oficiais divulgados pelo clube de Parque São Jorge no telão do Pacaembu, somente 257 pessoas entraram no estádio com credenciamento legal para trabalhar.

E toda essa fiscalização organizada pelo clube fez com que muitas pessoas se revoltassem antes mesmo do início do jogo e, o que era pra ser um dia satisfatório para os profissionais presentes no local, acabou se tornando um caos. A começar pelos fotógrafos.

Cerca de 200 retratistas se reuniram na zona mista do Pacaembu, local que fica abaixo do Tobogã e que só era permitido a entrada de profissionais credenciados, o que não aconteceu. Misturado entre torcedores, ambulantes, funcionários da Conmebol e da Federação Paulista de Futebol, os fotógrafos tiveram que ser “reduzidos” a 50, pois esta era a quantidade de coletes que davam acesso ao gramado disponível no local.

A informações do número reduzido de coletes gerou uma confusão generalizada, que só não chegou as vias de fato por conta da famosa turma do “deixa disso”. E isso era apenas o “olho” do furacão. Outros que penaram para trabalhar foram os repórteres e técnicos das rádios. Como o espaço reservado para esses profissionais (leia-se zona mista) era muito pequeno para comportar o número de pessoas, criou-se um bolsão extra no ginásio do Pacaembu, que fica ao lado do estacionamento do estádio.

A falta de organização, sinalização e informação fez com que radialistas argentinos, bolivianos, uruguaios e até mesmo japoneses ficassem sem um norte. Enquanto que os brasileiros, que receberam uma pulseira de cor laranja para transmitir o jogo das numeradas do Pacaembu, não conseguiam ter acesso a parte interna do estádio, pois funcionários da FPF e seguranças terceirizados impediam a passagem os profissionais, que esbarrava em centenas de torcedores espalhados em partes reservadas à imprensa.

Como se não bastasse toda essa confusão, ao término do duelo, todos aqueles jornalistas que não eram contratados das duas emissoras que detinham o direito de transmissão do evento não tinham acesso ao gramado após a entrega da taça aos campeões, situação contrária ao que ocorreu no ano passado, durante a conquista do Santos.

E o pior, esse profissionais tiveram que ficar presos no túnel de acesso ao gramado do Pacaembu, já que o portão estava trancado e a única saída era permanecer na abarrotada “zona” mista, que na noite de ontem fez jus ao seu primeiro nome.


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Final da Libertadores tem confusão entre jornalistas, fotógrafos barrados e "zona" mista