A Federação Internacional dos Jogadores Profissionais de Futebol (FIFPro) se mostrou crítica nesta terça-feira em relação à proposta do catariano Mohammed Bin Hammam, adversário do suíço Joseph Blatter nas eleições à Presidência da Fifa, que serão realizadas no dia 1º de junho, em Zurique.

O principal ponto de reprovação do organismo é a intenção de dissolver o Comitê Executivo da entidade que rege o futebol e transferir as funções administrativas para as confederações.

“FIFPro tem a firme convicção de que esta abordagem é muito prejudicial para o desenvolvimento do futebol mundial”, disse o sindicato dos jogadores em seu site oficial, onde destaca que “nos últimos anos o futebol profissional se viu favorecido pelo pensamento global da Fifa, no qual cada integrante recebe tratamento idêntico”.

Segundo a FIFPro, existe uma tendência de haver uma maior democracia e uma participação crescente por parte dos jogadores, que permitiu que jogadores, clubes e federações fossem beneficiados.

“A dissolução do Comitê Executivo da Fifa e das responsabilidades administrativas conduziria a consequências inaceitáveis, especialmente quando os jogadores passam de uma confederação a outra. A incerteza jurídica e a falta de transparência são os últimos problemas dos quais nosso esporte precisa”, considerou o organismo.

Por fim, a FIFPro destacou que a Fifa vem conseguindo abranger uma área cada vez maior e que mudar a estrutura seria um retrocesso.

“O segredo do sucesso da Fifa está na firme ideia de estruturar o futebol em nível global, o que a coloca na frente de outras organizações mundiais que carecem da rigorosidade e da capacidade para fazer cumprir suas regras em muitas ocasiões. Abandonar essa estratégia eficaz deve ser considerado como dar um lamentável passo atrás na direção errada”, acrescentou o sindicato.


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FIFPro critica projetos de Bin Hammam, adversário de Blatter

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