Em entrevista exclusiva ao <b>Virgula Esporte</b>, o tenista Julio Silva, número 173 do mundo e o sexto melhor do Brasil, conta sobre suas metas, o polêmico boicote contra o ex-presidente da CBT, Nelson Nastás, e a Copa Davis, ainda mais com o retorno de Guga.

<b>Virgula Esporte: O seu começo no tênis foi diferente. Você começou como boleiro. Como foi o seu início no esporte?</b>
<b>Julio Silva:</b> Comecei como boleiro no Tênis Clube Jundiaí, quando tinha 12 anos de idade. Logo depois, iniciei a jogar os torneio da Federação Paulista de Tênis e estou aqui até hoje.

<b>VE: Quando você defendeu o Brasil na Copa Davis, o tênis estava cercado de polêmica. Você foi convocado justamente após o boicote liderado pelo Guga contra o ex-presidente da CBT, Nelson Nastás. Por quê você não aderiu o boicote?</b>
<b>JS:</b> Antes de aceitar o convite de jogar a Copa Davis, conversei com alguns atletas e disse minha situação. Na época, eu precisava de patrocínio para entrar nos torneios, mas sempre disse que era a favor do boicote. Só estava indo para tentar um apoio e pelo dinheiro para jogar torneios.Foi meu momento mais marcante. Você representa seu país e é muito diferente que os campeonatos individuais. Na hora que o hino nacional, o coração vai a mil por hora, as pernas tremem. É muito legal.

<b>VE: Mas por que essa revolta contra o Nelson Nastás?</b>
<b>JS:</b> Acredito que ele teve muitas coisas para fazer no tênis brasileiro e ele acabou não fazendo nada.

<b>VE: Com o boicote, o Brasil caiu para o Zonal Americano II, espécie de terceira divisão da Copa Davis. Será o tênis brasileiro voltará ao Grupo Especial?</b>
<b>JS:</b> O Brasil tem tudo para voltar, principalmente com a volta do Guga. Também temos o Ricardo Mello, Flávio Saretta e André Sá. Agora é esperar o jogos para subirmos.

<b>VE: Quando o Julio Silva voltará a esta seleção?</b>
<b>JS:</b> Acredito que depois dos torneios que jogarei pela Copa Petrobrás, neste final de temporada. Espero que possa ir bem e que melhore meu ranking.

<b>VE: Durante a Copa Petrobrás de 2004, o argentino Mariano Puerta foi o destaque, subiu no ranking e chegou a final de Roland Garros deste ano. Será que o Julio Silva vai ser o Mariano Puerta do ano passado?</b>
<b>JS:</b> Não digo um Mariano Puerta, mas um Julio Silva mesmo. Pretendo disputar os seis torneios (Colômbia, Chile, Peru, Equador, Brasil e Argentina) e quero brigar por uns três, pelo menos, para subir no ranking.

<b>VE: Como você avalia esta sua temporada e o que espera da sua próxima?</b>
<b>JS:</b> Foi muito boa. Tive grandes resultados no início do ano e consegui jogar na Europa. Passei dois meses na primeira vez que eu fui, depois passei mais um mês. Estava jogando super bem lá. Agora espero fazer um bom papel na Copa Petrobrás deste ano. Ainda é preciso pensar neste ano, vão depender destes últimos torneios para saber se jogo no Australian Open (primeiro Grand Slam da temporada) e sigo nos torneios da ATP.


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EXCLUSIVO! Entrevista com o tenista Julio Silva