O STJD decidiu banir o ex-árbitro Edílson Pereira de Carvalho do futebol e manteve a anulação dos 11 jogos do Campeonato Brasileiro, apitadas por ele. Nesta segunda-feira à noite ocorreu o julgamento, na Primeira Comissão Disciplinar do Tribunal, no Rio de Janeiro.

Antes de começar a audiência, representantes de Santos, Internacional, Figueirense e Ponte Preta, entraram com uma petição para participar, alegando ter interesses envolvidos no caso. Os quatro clubes querem reverter a anulação dos jogos.

Edílson foi declarado culpado, com cinco votos a zero. O ex-árbitro foi acusado dos artigos 242 e 275 do CDJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), ou seja, "dar ou prometer vantagem indevida influenciando o resultado e agir de forma atentatória a dignidade do desporto".

Edílson sequer contratou um advogado para sua defesa. Não ficou nem um pouco esperançoso com sua absolvição, nem compareceu a seu própprio julgameto. "É lamentável um acusado ficar sem defesa, por pior que ele tenha feito", desabafou Wanderlei Ribeiro de Oliveira Filho, relator do processo.

Os advogados dos clubes, ao ficarem sabendo da decisão mantida sobre a anulação dos jogos, se manifestaram, mas sem sucesso. "Ratificamos a decisão do presidente. Fica impossível analisar partida por partida. Como vamos jogar se ele foi correto ou não nos jogos? Fica subjetivo", analisou o relator.

Mas essa decisão não é definitiva, pois agora o julgameto passa por uma segunda instância, que será presidida por Luiz Zveiter, que encabeçou a anulação dos jogos. Assim, os times insatisfeitos com a anulação dos 11 jogos ainda podem recorrer, mas não com muita esperança.


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Edílson Pereira de Carvalho é banido do futebol