<br> Delegado titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Saúde Pública (DRCCSP), Marcos Cipriano recebeu documentos do COB nesta segunda sobre o caso de doping de Rebeca Gusmão e já sentenciou: “ela não agiu sozinha”.

“Ela se beneficiou, mas não foi quem montou tudo isso. Rebeca é apenas mais uma peça. Nossa linha de investigação partirá das suspeitas de fraude, da presença de dois DNAs na mesma coleta. Já temos uma luz, um brilho para começar”, diz o delegado ao jornal <i>O Globo</i>.

Cipriano irá analisar os documentos com mais profundidade e em seguida irá intimar os envolvidos para depor. Entre eles, está a médica Renata Castro, que recentemente se afastou da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).

“Quero ouvir a atleta, a médica responsável pelo antidoping e o técnico dela (Hugo Lobo Filho), entre outros. Mas antes também pretendo ouvir pessoas que participaram da escolta (no Pan), já que uma delas foi impedida de acompanhar a coleta”, diz o delegado, citando a ex-nadadora Adriana Salazar, que trabalhou como voluntária nos Jogos e admitiu ter sido impedida de realizar o procedimento pedido pela Federação Internacional de Natação (FINA).

O delegado afirma que recebeu da Secretaria de Segurança Pública os nomes de um homem e uma mulher que teria barrado Adriana na porta do exame antidoping no Parque Aquático Maria Lenk. Essas pessoas também serão ouvidas.

“Testosterona pode ser prescrita até por um médico. Mas usar urina de uma outra pessoa numa coleta é fraude. Por ora, seria prematuro falar em crime ou pena. Não dá pra fixar prazos sem ouvir pessoas. O Comitê Olímpico está bastante empenhado para elucidarmos o caso, mas trata-se de um processo demorado”, finaliza o delegado.

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Delegado diz que Rebeca Gusmão recebeu ajuda