Depois de participar das duas primeiras etapas do Circuito Mare Nostrum, na Espanha e na França, a nadadora Flávia Delaroli acredita que o recorde dos 50 metros livres não cairá no Campeonato Mundial marcado para julho, em Montreal (Canadá). Segundo ela, a atual marca de 24s13, em poder da holandesa Ingrid de Bruijn desde os Jogos Olímpicos de Sidney em 2000, continuará sendo uma meta inatingível. A luta pela medalha de ouro, no entanto, não tem uma favorita destacada. “Há pelo menos 20 meninas virando tempos muito próximos. Tanto que nesta semana, em Canet, duas nadadoras bateram a mão no mesmo décimo de segundo”, exemplificou.

Delaroli deveria desembarcar na noite desta quinta-feira em São Paulo. A participação no Circuito Mare Nostrum teve como principal objetivo a continuação da preparação para o Mundial. Mesmo distante do melhor condicionamento físico e técnico, conquistou a medalha de prata em Barcelona. A holandesa Marleen Veldhuis ganhou o ouro nas duas etapas. “Ela ficou apenas em 9º nas Olimpíadas de Atenas no ano passado, mas melhorou bastante e vem nadando muito bem”, reconheceu Delaroli, que ficou em 4º em Atenas e estabeleceu seu recorde pessoal em 25s17.

A volta de Delaroli aos treinamentos está marcada para sábado. Ela voltará a cair na água da piscina do Esporte Clube Pinheiros sob orientação do técnico Alberto Silva. A atleta vem intensificando também os exercícios de musculação. “Esta é uma fase cansativa e que a gente acaba sentindo quando está competindo. Se tivesse que dar uma nota para meu condicionamento atual, de 0 a 10 eu diria que estou com 4”, explicou.

Delaroli integrará a seleção brasileira que vai ao Canadá sabendo das dificuldades que enfrentará para chegar na final A, onde as oito mais rápidas das eliminatórias decidirão o ouro. “Na verdade, meu objetivo principal é baixar meu tempo. Se eu conseguir, a chance de disputar uma medalha aumenta.” Embora não acredite que a marca de Ingrid de Bruijn possa ser superada, aposta que a tentativa de quebra do recorde provocará uma competição acirrada no Canadá. “Em campeonatos mundiais, o que se almeja sempre é o recorde. É o contrário das Olimpíadas, onde a medalha de ouro é o que mais se deseja.”


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Delaroli não acredita em quebra de recordes