O Atlético-MG se colocou a um empate de ter a melhor campanha da fase de grupos da Taça Libertadores ao golear mais uma vez o Arsenal de Sarandí nesta quarta-feira, desta vez por 5 a 2 na Arena Independência, com direito a confusão e dois gols – um muito bonito – de Ronaldinho Gaúcho.

O Galo, que já havia feito justamente 5 a 2 sobre o Arsenal no dia 26 de fevereiro, chegou a 15 pontos no grupo A. Com isso, se empatar com o São Paulo no próximo dia 17, no Morumbi, somará 16 e não poderá ser igualado por nenhum dos outros 32 concorrentes. Quem está mais perto disso é o Vélez Sarsfield, que tem 12 pontos em cinco partidas no grupo 4.

De quebra, a equipe mineira ajudou o Tricolor paulista, que se vencer o The Strongest nesta quinta, na Bolívia, praticamente garantirá o segundo lugar da chave. Atualmente o time de Ney Franco tem quatro pontos, assim como o Arsenal. Os bolivianos têm apenas três.

Ronaldinho, com um gol de pênalti, outro de cavadinha com a bola rolando, passes e jogadas de feito, comando o show. Diego Tardelli, Luan e Alecsandro completaram o placar elástico, que marcou a 43ª partida de invencibilidade do time como mandante. Braghieri e Benedetto descontaram para os visitantes.

Apesar da festa, nem só de boas notícias foi feita a noite do Galo. Tardelli sentiu uma lesão muscular na perna direita e foi substituído por Araújo ainda no primeiro tempo.

O Atlético já teve o desfalque importante do meia-atacante Bernard, que sofreu uma luxação no ombro esquerdo. Em seu lugar, Luan foi escalado. Ainda na goleada por 4 a 1 sobre o Tupi, no último domingo, pelo Campeonato Mineiro, Cuca também mexeu na lateral esquerda, posição em que Richarlyson ganhou o lugar de Júnior César.

No Arsenal, Gustavo Alfaro aproveitou a base do empate em 1 a 1 com o Belgrano, na última sexta-feira, pelo Campeonato Argentino. As mudanças ocorreram na lateral-esquerda, com a entrada de Damián Pérez no lugar de Lucas Kruspzky, e no ataque, com Martín Rolle na vaga de Milton Céliz, para jogar com Julio Furch no setor ofensivo.

Recuperado de contusão, o atacante Darío Benedetto, que normalmente começa jogando, foi deixado no banco e entrou no segundo tempo.

O jogo começou com um susto para a torcida local. Logo aos cinco minutos, Carbonero foi acionado na direita, avançou com certo espaço e experimentou de longe, carimbando o travessão. Victor apenas olhou.

A resposta do Galo veio cinco minutos depois e foi a melhor possível: com gol. Tardelli recebeu quase no grande círculo, arrancou livre de marcação e tocou rasteiro no canto direito na saída do goleiro.

Os torcedores ainda comemoravam o primeiro gol quando o time da casa chegou ao segundo, marcado aos 14 minutos. Luan foi derrubado fora da área e o árbitro marcaria a infração fora da área, mas o auxiliar o instruiu erroneamente, e o pênalti foi marcado. Alheio a isso, Ronaldinho cobrou bem, no canto direito alto, e fez 2 a 0.

O terceiro poderia ter saído pouco depois, aos 20, mas Campestrini atrapalhou. Ronaldinho lançou Leonardo Silva, que levantou para a área. Luan emendou de primeira e o goleiro interveio.

O bom ritmo do Galo na primeira etapa foi freado aos 24 minutos, com a lesão de Diego Tardelli, que teve que ser substituído por Araújo.

Sem Bernard e sem o camisa 9, a equipe anfitriã caiu de rendimento. Mais por problemas do adversário que por méritos próprios, o Arsenal passou a ter mais a bola. Isso, em um primeiro momento, não foi problema, mas na única grande oportunidade que tiveram, os argentinos diminuíram.

Aos 39, após cruzamento da esquerda, Braghieri ganhou pelo alto e cabeceou entre as pernas de Victor. Pierre ainda desviou, mas não evitou que a bola entrasse.

O clima, que já era quente mesmo quando o Atlético mandava na partida, esquentou ainda mais quando o Arsenal passou a acreditar ao menos no empate. Por duas vezes, uma ainda antes do intervalo e outra na saída para os vestiários, foi feita a confusão. Alguns atletas se provocaram e trocaram empurrões.

A apreensão da massa atleticana com o placar apertado durou aproximadamente 25 minutos, tempo para o encerramento da primeira etapa, o intervalo e o reinício do jogo. Porque logo com um minuto Ronaldinho tocou por elevação para Jô, que chutou cruzado. A bola passou por Araújo, mas não por Luan, que empurrou para o gol no segundo pau.

A tensão, passou e o Atlético – especificamente Ronaldinho – deixou de jogar para dar show. Aos cinco, depois de boa troca de passe, o camisa 10 do Galo bateu colocado, contou com desvio e viu a bola tirar tinta da trave.

Até que, aos 14, o craque deixou o segundo dele em uma obra prima. Araújo tocou na esquerda para o meia-atacante, que, com uma cavadinha, acertou o ângulo de Campestrini.

Virou festa, e logo na sequência, aos 16 minutos, também quis marcar seu golaço. Fora da área, o centroavante dominou e chutou sem deixar a bola cair. Campestrini voou no lado direito para evitar o quinto.

Os jogadores do Atlético não deixaram que o clima de descontração nas arquibancadas os contagiasse, mas também passou a não fazer muita questão de atacar. O Arsenal passou a atacar mais, mas cometia erros primários. Aos 24, Marcone teve liberdade, mas bateu de bico para muito longe da meta.

O time argentino foi ganhando cada vez mais campo, e Victor teve que trabalhar duas vezes seguidas, aos 33, em toque de letra de Furch, e aos 35, em finalização forte de Benedetto do lado esquerdo da área.

Aos 39, porém, o goleiro atleticano deu bobeira e sofreu o segundo. Benedetto teve falta de longe para cobrar, da meia esquerda, e chutou com efeito, tirando da barreira. Victor não pulou bem, a bola acertou a trave e entrou.

Para não correr riscos, o Galo passou a trocar passes no campo de ataque à espera do apito final. Ainda houve tempo para Alecsandro, que também entrou no decorrer da partida, deixar o dele. O centroavante tirou a marcação com um belo corte e acertou um grande chute de fora da área.

Após o apito final, a polícia entrou em campo para escoltar a arbitragem e acabou entrando em confronto com jogadores do Arsenal.


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Com mais um show contra o Arsenal-ARG, Galo se aproxima da melhor campanha

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