A China sem dúvidas é a surpresa desta Olimpíada. Até a manhã da última quinta-feira, 19 de agosto, era a primeira colocada no quadro de medalhas. Tinha a mesma quantidade de ouros que os Estados Unidos, segundo colocado, 11 contra 10, e só perdia no número de pratas e bronzes, respectivamente 7 contra 10 e 4 contra 9. É cedo para dizermos que a China será a campeã olímpica, mas não é cedo para analisarmos o porque de sua evolução.

A primeira presença marcante da China no quadro de medalhas aconteceu somente em 1984, na Olimpíada de Atlanta, o país ficou em 4º lugar. Porém, a Olimpíada de 84 foi atípica, nessa edição não participaram vários países politicamente divergentes, caso de uma das maiores potências do esporte, a Russia, dando mais espaço à países sem tanta tradição. Mais tarde, em Barcelona, nas Olimpíadas de 1992, após uma campanha apagada na Olimpíada de 1988 em Seul, mais um 4º lugar. Em 1996, na Olimpíada de Atlanta a performance se repete. E em 2000, em Sydney, o melhor resultado até esta edição, um 3º lugar.

Eduardo Colli, autor do livro Universo Olímpico: uma Enciclopédia das Olimpíadas (Ed. Códex), explica que o Comitê Olímpico Internacional escolhe o país sede de uma Olimpíada com sete anos de antecedência e que o país que vai sedia-la prepara não somente as estruturas necessárias – Vilas Olímpicas, quadras, estádios -, mas principalmente seus atletas. "A China será o próximo país a sediar uma Olimpíada, seu desempenho em Atenas é o reflexo de uma preparação planejada para os Jogos de Pequim".

Segundo Colli, na história das Olimpíadas isso já aconteceu muitas vezes. A Espanha e a Austrália são exemplos disso. Em 1988 a Espanha obteve apenas um ouro, uma prata e dois bronzes, já em 1992 Barcelona, quando sediou as Olimpíadas seu rendimento aumentou muito, 13 ouros, sete pratas e dois bronzes. O mesmo aconteceu com a Austrália, antes, nove ouros, nove pratas e 23 bronzes, quando sediou, em 2000 Sydney, 16 ouros, 25 pratas e 17 bronzes. "Se essa tendência se confirmar, graças ao ótimo desempenho da China em Atenas, é muito provável que em Pequim a China acabe em primeiro lugar no quadro geral de medalhas", afirma.

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China: segredo olímpico