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O Baixinho não consegue deixar de ser notícia. No fim do ano passado, foi punido com 120 dias de suspensão por ter sido pego em exame antidoping durante o Campeonato Brasileiro por causa de um tônico capilar contra a calvície. Antes dela, no entanto, não faltaram motivos para colocar Romário em evidência. Veja algumas passagens da agitada vida do goleador:

Tudo começou no ano de 1987, quando surgiu no Vasco e foi chamado para defender a seleção brasileira. Um ano depois, conquistou a medalha de prata nas Olímpiadas de Seul, a melhor colocação brasileira até hoje.

Ainda em 87, o Baixinho deixou o Brasil para jogar no PSV, da Holanda. Ainda ajudou a seleção a se classificar para a Copa de 90, na Itália. Porém, se machucou um ano antes do torneio e foi para a disputa sem condições de jogo, entrando em campo em apenas uma partida.

Em 1991 e 92, o Baixinho conseguiu marcar 66 gols em 68 partidas pelo PSV, o que chamou a atenção do Barcelona. No ano seguinte, o atacante vai para o futebol espanhol e começa com tudo: 17 gols em 12 partidas.

O Brasil, na época, disputava as Eliminatórias para a Copa do Mundo dos EUA. A seleção perigava, pela primeira vez em sua história, ficar de fora do maior torneio de futebol.

Romário foi chamado pelo técnico Carlos Alberto Parreira depois que o atacante Careca pediu dispensa da seleção. Era a última partida da seleção nas Eliminatórias. Só a vitória interessava.

O Baixinho, como sempre, fez o seu papel. Em um Maracanã lotado, fez dois gols em cima do Uruguai e classificou o país para a Copa em que, ninguém discorda, ele foi o grande destaque.

Formando dupla com Bebeto, Romário marcou 5 gols em 7 partidas, e foi eleito pela FIFA, no final de 94, o melhor jogador de futebol do mundo naquela temporada. Com o título mundial conquistado, Romário chegou ao Brasil como herói.

Em 95, o Flamengo contratou o Baixinho como a grande estrela do time para o ano de seu centenário. A equipe, que ainda tinha Sávio e Edmundo, não vingou. A linha ofensiva, que prometia ser das melhores, foi apelidada de "pior ataque do mundo".

No ano seguinte, em uma transação mal-sucedida, Bebeto retornou ao Rubro-Negro, enquanto Romário deixou o time e vai, por empréstimo, para o Valencia (ESP). Antes, foi campeão carioca e artilheiro do torneio.

Herói da Copa de 94, Romário continuava sendo convocado para a seleção brasileira. Em 97, foi campeão da Copa América e da Copa das Confederações. Mas a grande polêmica viria no ano seguinte.

De volta ao Flamengo, Romário sofreu uma contusão um mês antes do início da Copa do Mundo. Na França, sede da Copa, foi cortado pelo técnico Zagallo e pelo coordenador-técnico Zico. Meses depois, o atacante abriu um bar chamado "Café do Gol", no Rio. No banheiro, havia duas caricaturas, uma do Velho Lobo e outra do Galinho. Romário foi processado pelos dois.

O ano de 1999 começou bem, mas terminou de forma polêmica: na última rodada do Brasileirão, o Flamengo resolveu dispensá-lo por indisciplina. O então presidente do clube, Edmundo Santos Silva, não gostou de saber que o Baixinho foi para uma festa logo que foi derrotado pelo Juventude.

Em baixa no clube, Romário foi para o Vasco, em 2000. Em mais um jogo histórico, o Baixinho dominou as atenções ao marcar três gols na virada em cima do Palmeiras na final da Copa Mercosul. Os cariocas perdiam por 3 a 0, fizeram 4 a 3 levaram a taça.

De volta à velha forma, o atacante marcou 21 gols no Brasileirão de 2001. No ano seguinte, se transferiu para o rival Fluminense. Fez 16 gols em 26 partidas, mas o ano ficou marcado pelo péssimo relacionamento entre o Baixinho e seu companheiro de ataque, Magno Alves.

É em 2004 que Romário fala uma de suas maiores pérolas. Contrariado com o técnico do Flu, Alexandre Gama, o Baixinho soltou: "Ele acabou de entrar no ônibus e já quer sentar na janelinha".

Em 2005, ele retornou ao Vasco, surpreendendo a todos, já que grande parte da mídia apostava que o atacante iria pendurar as chuteiras. Foi neste ano que ele criticou o Atleta do Século. "Pelé calado é um poeta". E dá-lhe polêmica…

Em abril, fez sua despedida da seleção brasileira no Pacaembu. O adversário era a Guatemala, e o jogador ficou 38 minutos em campo, marcando o segundo gol da equipe. Saiu ovacionado pelo paulistas, mesmo sem nunca ter jogado em uma equipe do estado.

Foi em 2006 que Romário começou sua batalha pelos 1000 gols. Em março, foi para o Miami FC, dos EUA. Em novembro, foi para o Adelaide United, da Austrália. Nesse tempo, a polêmica sobre os clubes que estava jogando tomou conta da imprensa.

No ano seguinte, no dia 20 de maio de 2007, o craque chega ao milésimo gol. A partida era contra o Sport Recife, e o Baixinho fez o seu de pênalti, assim como Pelé.

No restante da temporada, Romário nunca deixou de ser notícia. Foi técnico e jogador ao mesmo tempo na partida entre Vasco e América (MEX), foi um dos membros da delegação brasileira na FIFA, no anúncio oficial do Brasil como sede da Copa de 2014.

No último mês do ano, foi flagrado no exame antidoping. Segundo ele, a substância encontrada – finasterida – vem de um produto para queda de cabelos. Sinal que o Baixinho está ficando velho, mas sem, jamais, perder a majestade.

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Calvície, gol mil, janelinha e títulos: Romário é sempre notícia