Os jogadores brasileiros são os mais procurados pelos clubes de futebol no momento de reforçar o elenco, segundo relatório publicado nesta quinta-feira (1º) na primeira edição do informe Global Transfer Market (“Mercado de Transferências Global”, em inglês), que passará a ser publicado anualmente pela Fifa.

O documento apresenta uma extensa análise sobre as contratações de atletas no mundo todo, mediante um sistema de regulação de transferências internacionais criado em 2007 pela entidade máxima do futebol mundial.

Os jogadores brasileiros somam 13% das transferências internacionais (mais de 1,5 mil operações individuais) realizadas durante o ano passado, seguido pelos argentinos, 7% do total.

Em seguida, em menor medida, figuram franceses, uruguaios, colombianos, sérvios e nigerianos, com 3% cada. Na Europa, além de franceses e sérvios, os mais cobiçados são ingleses, espanhóis e portugueses, com 2% cada.

De acordo com o relatório, o jogador-padrão que é transferido tem 23 anos, é brasileiro e “não ganha tanto quanto se imagina”. Nesse sentido, a Fifa considera atleta profissional todo aquele que tenha um contrato por escrito com seu clube e ganhe mais do que gasta para jogar futebol.

No estudo, estima-se que o salário fixo anual médio dos profissionais ronda os US$ 244 mil, embora essa média “seja extremamente desviada em alta por alguns poucos salários muito elevados”.

“Os salários não são distribuídos equitativamente, mas se concentram na parte inferior da escala, com uma grande diferença entre os números de quatro dígitos e as quantias multimilionárias” explica o documento.

Os salários também são muito diferentes segundo as federações. Das dez analisadas, as três da Europa ocidental apresentam valores que superam a média mundial. Inclusive dentro das três associações há grandes diferenças. Uma tem, “de longe”, o salário médio mais alto, com US$ 675 mil.

O Global Transfer Market de 2011 não revela os nomes das federações, em aplicação da normativa de proteção de dados.

O documento também menciona os agentes dos jogadores. Assim, são incluídas as comissões que os clubes abonam aos representantes dos jogadores, mas não aquelas que os desportistas abonam os representantes.

Em 2011, os clubes pagaram US$ 130 milhões em comissões de agentes. A comissão média é de cerca de US$ 240 mil, naquelas transferências que têm uma média de US$ 1,5 milhão, enquanto a comissão é de US$ 80 mil nas operações que rondam os US$ 200 mil.

Outros dados que são fornecidos no estudo é que uma transferência é fechada a cada 45 minutos, com uma média de 31 transferências por dia, embora as contratações se concentrem nos meses de janeiro, julho e agosto, meses nos quais foram registrados mais de 60% das transferências de 2011, muito por conta da abertura da janela europeia.

O dia do ano passado no qual foi registrado um maior número de contratações foi 31 de agosto, com 317 transferências em apenas 24 horas.

Além disso, 70% das contratações são feitas com jogadores sem contrato, 12% são de contratos por empréstimo, 10% são atletas contratados de outro clube e 8%, quando um jogador retorna após um período de empréstimo.

No último ano, foram realizadas mais de 11,5 mil transferências nas 208 confederações que integram a Fifa, que incluem 5 mil clubes.


int(1)

Brasileiros são os mais procurados no mercado internacional, diz estudo