<p>Por volta das 11h30min de sexta-feira, quando chegou ao Aut&oacute;dromo de Interlagos para levar uma faixa que faria parte da decora&ccedil;&atilde;o de um dos estandes do S&atilde;o Paulo Moto Festival, o motoboy Rodrigo da Silva logo perguntou se poderia ir at&eacute; pista fazer a entrega. N&atilde;o seria necess&aacute;rio, informaram: algu&eacute;m viria buscar. Ele n&atilde;o protestou, at&eacute; porque precisava continuar o trabalho e n&atilde;o poderia passar muito tempo l&aacute;, mas deixou escapar uma certa decep&ccedil;&atilde;o.</p>
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Ele trabalha no ramo h&aacute; cerca de seis anos e, al&eacute;m da necessidade, claro, escolheu o emprego justamente por causa de sua paix&atilde;o por motocicletas. &ldquo;Tem umas motonas lindas ali, n&eacute;?&rdquo;, pergunta, ao lado da Honda CG 125 que conduz, bem cuidada, apesar de um pequeno amassado no cano de descarga. O capacete &eacute; decorado por adesivos de surfshops e com a figura de Bob Marley.</p>
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De fato, v&aacute;rias motonas lindas, como diz Silva, principalmente as famosas Harley Davidson, que dividiam espa&ccedil;o com estandes de acess&oacute;rios, tatuagens e, claro, pra&ccedil;a de alimenta&ccedil;&atilde;o, que ningu&eacute;m &eacute; de ferro. At&eacute; o posto policial que trabalha na seguran&ccedil;a entrou no clima: ao lado da moto como as que patrulham o tr&acirc;nsito atualmente, uma outra, estilizada, que era usada em 1951, corresponde ao passado. O futuro &eacute; representado por um modelo arrojado, embora pouco pr&aacute;tico para o tr&acirc;nsito urbano, j&aacute; que &eacute; mais larga.</p>
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No final da manh&atilde;, o evento j&aacute; estava oficialmente aberto, mas alguns estandes ainda faziam os ajustes finais e a dupla Brothers of Brazil, no palco principal, e o Tributo Hendrix, no alternativo, escalados para tocar &agrave; tarde, terminavam de passar o som.</p>
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E a&iacute; come&ccedil;ava a chegar o p&uacute;blico. O empres&aacute;rio Pl&iacute;nio Panse preferiu entrar logo no come&ccedil;o do evento para poder ver e fotografar cada uma das motonas lindas com calma, sem aperto. Ele ainda n&atilde;o tem uma motocicleta, mas &agrave;s vezes guia as dos amigos e planeja comprar uma Harley Davidson. &ldquo;Se &eacute; para comprar, vamos levar a s&eacute;rio&rdquo;, anima-se. Para estar l&aacute; em hor&aacute;rio comercial, conta, o maior problema foi a organiza&ccedil;&atilde;o, j&aacute; que o p&uacute;blico chegava com ingressos e era enviado de um port&atilde;o a outro sem conseguir entrar. Liberar-se do trabalho foi bem mais f&aacute;cil: &ldquo;A vantagem de ser empres&aacute;rio &eacute; que o patr&atilde;o sempre &eacute; bonzinho&rdquo;.</p>
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Fernando e Micheli Venturini tamb&eacute;m superaram o contratempo para entrar no evento (pelo jeito, quase que n&atilde;o foi s&oacute; Rodrigo que ficou de fora) e preferiram o conforto das horas iniciais. Fernando dirige uma Yamaha TDM e pensava em voltar mais tarde para a apresenta&ccedil;&atilde;o de Paul Senior, Paul Jr e Mikey, do reality show American Chopper, uma das principais atra&ccedil;&otilde;es. &ldquo;Mas n&atilde;o sei se vai dar para ver.&rdquo; Momentaneamente, satisfazia-se com as motos da pol&iacute;cia, apresentadas pelo delegado, que ainda tinha tempo para contar &ldquo;causos&rdquo; que envolviam constru&ccedil;&otilde;es de arma&ccedil;&otilde;es de madeira.</p>
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O estande da FF Motorcycles apresentava ainda outra obra que chamava aten&ccedil;&atilde;o: o Volks Rod, um fusca transformado em caminhonete cor-de-rosa. Os modelos robustos tradicionalmente associados &agrave; mitologia da motocicleta dividem espa&ccedil;o com a nova tend&ecirc;ncia, chamada de, bem, nova escola, com motos mais finas e compridas. &ldquo;O importante &eacute; ter uma moto que combine com voc&ecirc;&rdquo;, ensina Fernando Costa, personalizador de motos. &ldquo;Se eu der um cart&atilde;o de cr&eacute;dito para cinco pessoas e dizer que comprem, independente do pre&ccedil;o, uma cal&ccedil;a, um sapato e uma camisa, cada uma vai voltar vestida bem diferente das outras. Com moto &eacute; a mesma coisa. N&atilde;o adianta pegar um modelo muito louco se ela n&atilde;o combinar com seu estilo e sua necessidades&rdquo;, explica.</p>
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O S&atilde;o Paulo Moto Festival vai at&eacute; 7 de setembro no Aut&oacute;dromo de Interlagos, em S&atilde;o Paulo, aberto das 11h &agrave;s 2h (sexta-feira e s&aacute;bado) e das 10h &agrave;s 20h (domingo). Os ingressos de sexta-feira e s&aacute;bado custam, cada, R$ 180 (Arena, inteira), R$ 90 (Arena para estudantes, idosos, professores ou quem levar um quilo de alimento perec&iacute;vel), R$ 500 (VIP, inteira) ou R$ 250 (VIP para estudantes, idosos, professores ou quem levar um quilo de alimento perec&iacute;vel). Os de domingo custam R$ 120 (Arena, inteira), R$ 60 (Arena para estudantes, idosos, professores ou quem levar um quilo de alimento perec&iacute;vel), R$ 300 (VIP, inteira) ou R$ 150 (VIP para estudantes, idosos, professores ou quem levar um quilo de alimento perec&iacute;vel).<br />
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<p><a href="http://www.virgula.me/esportev2/galeria.php?galeria=9"><strong>Confira alguns modelos presentes no evento</strong></a></p>


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Antigas e novas escolas de motocicletas em São Paulo