A entrada do Brasil no CS é uma questão polêmica. Para Renato Marques, professor de Geografia e Ciências Políticas pela USP, com especialização em Globalização pela Universidade de Havana, é algo pouco provável.

“Apesar de ser o principal concorrente na América do Sul, o país possui opositores como Argentina e Venezuela, que também buscam um lugar no Conselho de Segurança”, afirma. Caso prossiga com seu objetivo, o Brasil terá uma briga “razoável” pela frente, pois precisará se aliar a outros países para obter votos suficientes.

Muitos defendem, argumentando que seria uma conquista para o país, pois aumentaria seu prestígio internacional e a nação se firmaria como liderança no sul do planeta. Além disso, o Brasil teria uma influência maior nas decisões mais fortes, como intervir ou não em determinada situação. As desvantagens, para os que defendem, são poucas.

Por outro lado, há quem diga que os resultados não serão exatamente esses. “Mesmo tendo um lugar permanente, o Brasil não conseguirá ter poder de veto. As cinco potências não abrirão mão desse poder para outros países”, observa Marques. Ao contrário dos mais otimistas, ele acredita que as perdas serão maiores que os ganhos.

Continua: Para professor, missão no Haiti foi uma "roubada"


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Vale tudo por uma cadeira no Conselho de Segurança?