(da redação) Provetá é uma praia bem diferente do habitual. Apesar de ser a segunda mais populosa do município de Ilha Grande, no Rio de Janeiro, ela não tem nada de badalada. Em suas praias, não se vêem garotas de biquini ou maiô. Rapazes de sunga, muito menos. O consumo de bebidas alcoólicas e cigarro é terminantemente proibido e o único evento que reúne o público por ali são os cultos da igreja evangélica Assembléia de Deus. Há alguns anos era proibido até mesmo assistir à TV.

Os poucos católicos que residem ali se sentem discriminados e são forçados a assistirem às missas em outras praias da ilha, já que ali em Provetá não há sequer uma capela desta religião. As coisas nem sempre foram assim, porém. A tempos atrás os moradores da praia eram, em sua maioria, católicos. O Processo de conversão à religião pentecostal se iniciou com a chegada de um casal que morava no continente e chegava até a Ilha de canoa. Os primeiros cultos eram realizados nas casas dos pescadores. O acesso à provetá é tão complicado que os moradores só passaram a ter luz elétrica em casa no ano de 2001.

Primeiramente foram eletrificadas as casas dos evangélicos e os católicos só foram conhecer a luz elétrica meses depois. Há quem diga que a decisão do então governador Anthony Garotinho, também evangélico, foi proposital como demonstração de que os que não seguem à religião vivem nas trevas. O isolamento do povoado contribuiu para que as coisas acontecessem desta forma e Provetá se configurasse em uma comunidade tão fechada e com características comportamentais singulares.


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Uma praia onde é pecado usar biquini

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