Em 2011, o Android irá dominar o mundo dos smartphones. Há apenas dois anos no mercado, o sistema operacional do Google cresce a um ritmo alucinado e, hoje, as principais marcas de celulares, como LG, Motorola, HTC, Samsung e Sony Ericsson, renderam-se ao robozinho verde-limão.

E já repararam como a cada semana parece chegar um Android novo no Brasil?  Nesta, no caso, veio um bem interessante, que traz sua versão mais atualizada: 2.2, batizada de Froyo. Trata-se do LG Optimus One, que ao contrário dos outros modelos com o Android mais recente não tem um preço assustador. Isso é bem legal, pois não “obriga” o consumidor que está a fim de comprar seu primeiro smartphone, e não quer gastar muito, a levar para casa um aparelho com a versão 1.5 – desatualizada e lenta.

Por enquanto o Optimus One é exclusivo da Vivo. No plano pré-pago ele sai por R$ 999, enquanto no pós chega a custar até menos de R$ 300. O Virgula Lifestyle já o testou e mostra para vocês qual é a desse novo Android.

Simples e pouco ostensivo

Do ponto de vista do design, o Optimus One é bastante discreto. Sua parte traseira é emborrachada, sua tela LCD touch screen de 3,2 polegadas não é Amoled, ou seja, foge da alta definição. Enfim, ele é pouco ostensivo e não chama a atenção como um iPhone 4 e um Samsung Galaxy S, por exemplo.

O seu ponto fraco é a câmera, de 3.2 megapixels sem flash, inferior a maioria dos smartphones do mercado, que tem de 5.0 megapixels para cima. A resolução baixa da câmera e o design simples ajudam a explicar o barateamento do Optimus One, mas isso não o faz perder muitos pontos. Basta ligá-lo para entender.

O Android 2.2. roda macio e não engasga como as versões anteriores. Ele é ligeiro, responde bem aos comandos e já vem de fábrica com vários aplicativos interessantes para quem usa redes sociais, como o Facebook e o Twitter. Algo ótimo, pois não exige do consumidor que instale novos programas e tenha de ter obrigatoriamente no aparelho (que vem com um cartão de memória de 2GB, expansível até 32GB) coisas inúteis como aqueles joguinhos pesadíssimos – e nunca dá para excluí-los.

Outro aspecto positivo é que a LG não criou uma skin para o Android, como a HTC faz com o Sense ou a Motorola com o Blur. Isso pode deixar o software mais “feio” e sem todos aqueles widgets interativos, mas, acredite, isso é bom, pois não sobrecarrega o processador. Bom porque também economiza bateria (durou até 2 dias de uso moderado de planos de dados).

O Android 2.2. também é ótimo por não ter mais aquela obrigação de baixar um programa na Android Market que servisse para “matar” os programas abertos que consumissem muitos dados. Agora é só habilitar uma função que liga e desliga o aparelho das conexões Wi-Fi e  3G (nos testes, a conexão voltou a funcionar em menos de 1 minuto). Algo também integrado à nova versão é um GPS com software de navegação de voz.

No quesito navegação, outra surpresa é o suporte ao Adobe Flash (é só baixar de graça na Android Market), algo que o iPhone 4 não tem, por exemplo.

Apertando os parafusos

Fica difícil então não falar bem do Android 2.2, pois ele é a mais clara evolução do sistema operacional móvel do Google. Dá para sentir que a empresa se dedica a apertar aqueles parafusos soltos que os consumidores tanto pedem.

Resta esperar apenas que as empresas de celular que vendem o Android se dediquem a atualizá-lo, não apenas a lançar as novas versões em novos modelos a cada mês com o objetivo de estimular um consumo desenfreado. Quem gasta R$ 1 mil em um celular que tenha a versão 2.0 tem a obrigação de poder usar a 2.2. sem precisar adquirir um novo aparelho – no Brasil ficou famoso o caso dos donos do Motorola Milestone, que conseguiram esse feito após uma campanha na internet.

Sim, o Android 2.2 ainda não é tão intuitivo quanto o sistema do iPhone, mas está próximo. E suas inovações o fazem conquistar uma legião de fãs que já estão se acostumando a ele. E é sabido que consumidor, quando se apega a uma marca, dificilmente a larga.


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Testamos o Optimus One, primeiro celular à venda no Brasil com Android 2.2.

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