A moradia também é outro aspecto que causa incômodo a alguns estrangeiros. Na maioria das casas, o chão dos quartos é revestido por um tapete, chamado “tatami", e as pessoas dormem em um "futton" – tipo de roupa de cama japonesa utilizado como cama. O banho também é um pouco diferente, já que o banheiro costuma ser dividido em duas áreas: uma com chuveiro e banheira e outra com pia e vaso sanitário.

“Primeiro, você usa o chuveiro e só depois entra na banheira. Para os japoneses, esse momento na banheira é um momento especial, principalmente para relaxar depois de um dia de trabalho”, conta.

Em relação à comida, em muitos lugares quase não existe – ou não existe – outra opção além de comida japonesa. Segundo Renato, a culinária japonesa vai muito além de sushi e sashimi. “Acredito que o importante é estar aberto a experimentar e tentar comer de tudo um pouco, pois, além de saudável, a variedade é muito grande. Existem muitos pratos que não incluem peixe cru e são muito gostosos”, lembra.

Para o engenheiro, talvez a grande dificuldade dos brasileiros em se adaptar à comida seja a falta de tempero, uma vez que os pratos não contêm muito sal ou açúcar. Os japoneses não usam açúcar para adoçar bebidas como café, chá e sucos e, no café da manhã, é costume comer “gohan” – arroz branco -, peixe assado, "missoshiru" – sopa de missô, ou seja, pasta de soja – e "natto" – soja fermentada. “Não tem nada do que estamos acostumados a comer”, afirma.

Resumindo: esqueça leite, pão, cereais e qualquer coisa que lembre um café da manhã brasileiro. Aliás, é melhor esquecer seus hábitos e se preparar para um estilo de vida completamente diferente, pois, pelo visto, o Japão está longe de ser o segundo lar dos brasileiros.


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"Comida é saudável e variada", afirma Renato