Na tarde desta domingo (16), o secretário de segurança de São Paulo, Fernando Grella, e Benedito Roberto Meira, comandante geral da Polícia Militar, disseram em entrevista coletiva que os manifestantes que estiverem portando vinagre não serão detidos pela PM. A liberação aconteceu após dezenas de manifestantes terem sido detidos durante último protesto (13) por terem vinagre entre seus pertences. O líquido é usado para diminuir a sensação de ardor nos olhos e na garganta provocado pelas bombas de gás lacrimogêneo.

Uma reunião com os líderes do Movimento Passe Livre,responsáveis pelos quatro protestos ocorridos em São Paulo contra o aumento da tarifa do transporte público, acontecerá às 10h desta segunda-feira (17). Segundo Grella, o objetivo maior do encontro é definir antecipadamente o percurso que será feito durante o próximo protesto, marcado para esta segunda-feira, às 17h, no Largo da Batata, na zona oeste da capital. “A Polícia Militar tem condições de planejar o trajeto com algumas horas de antecedência, para reduzir o incômodo e proteger os manifestantes”, disse.

Segundo Mayara Vivian, integrante do grupo, o movimento comparecerá à reunião, mas entende que “a decisão do trajeto do protesto cabe ao povo que vai às ruas, não à Polícia Militar e à Secretaria de Segurança Pública”.

Depois das críticas à violência da polícia que acabou ferindo muitos manifestantes e até jornalistas que faziam a cobertura do ato, o secretário de segurança afirmou que o uso de balas de borracha está proibido. Durante a entrevista coletiva, um grupo de fotógrafos pediu ao secretário medidas para que não sejam atingidos, como ocorreu na última quinta-feira (13). O grupo sugeriu o uso de um colete com identificação de imprensa, proposta que foi aceita por Grella.


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Polícia não usará bala de borracha e permitirá uso de vinagre em novo protesto

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