(Da redação) – Uma escultura exposta no museu de Bolzano, no norte da Itália, que mostra um sapo verde crucificado segurando uma caneca de cerveja e um ovo pode ser removida depois do Papa Bento XVI tê-la considerado uma blasfêmia. O religioso enviou uma carta ao governador do Tirol, Franz Pahlco, para fazer a reclamação.

“[A obra] feriu o sentimento religioso de muitas pessoas que vêem na cruz o símbolo do amor de Deus e da nossa salvação, que merece reconhecimento e devoção religiosa”, diz a carta.

O governador Pahlco é candidato do partido conservador SVP nas eleições regionais de outubro, e um dos mais fortes opositores da obra do artista alemão Martin Kippenberger. Ele chegou a fazer greve de fome contra a exposição da “rã crucificada”. “A minha batalha não terminou”, declarou ao terminar a greve.

A escultura do já falecido autor chama-se Primeiro os Pés ("Zuerst die Füsse", em alemão). Kippenberger é considerado um dos nomes mais importantes da arte contemporânea européia dos anos 80 e 90. Segundo o artista, a escultura da rã representa uma sociedade hipócrita, corrompida internamente enquanto que mantém uma imagem exterior irrepreensível.

“Não é prevista a remoção (da obra), e nenhuma mudança na montagem da mostra até o dia de encerramento, em 21 de setembro”, disse Corinne Diserens aos jornais italianos.

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Papa critica escultura de sapo crucificado