(Andréia Martins) – Aquecimento global, reciclagem, biocombustível, sustentabilidade. De uns tempos pra cá, ser ecologicamente correto está na moda. É claro que, não dá pra generalizar. Para algumas pessoas, a preocupação com o meio-ambiente sempre existiu, já para outros, pesou a consciência remar contra a maré. Mas, nessa onda de ajudar a natureza, alguns pontos são confusos e muitas pessoas ainda não adotam práticas simples no dia-a-dia para reduzir o dano ao ambiente.

Prova disso é o resultado de uma pesquisa feita em junho deste ano pela ONG WWF (Fundo Mundial para a Natureza) e Ibope: nela, 67% dos brasileiros disseram que não separam o lixo reciclável; na outra ponta, 5% dos entrevistados separam o lixo orgânico. Em outro quesito, o de apagar a luz e desligar o computador, os brasileiros estão melhores: 80% dos entrevistados dizem que sempre desligam a lâmpada e deixam o computador no estado de “espera” quando deixam o local.

Essa diferença de atitudes pode ter uma explicação: para uns, ser ecologicamente correto significa ter mais trabalho em algumas tarefas habituais, e para outros, parece difícil acreditar que ações individuais tenham algum efeito no meio-ambiente.

Guilherme Pastore, 17 anos, tem essa idéia. Integrante dos Embaixadores do Clima do Brasil, grupos de jovens existente nos países que integram o G8 e que debatem sobre o meio ambiente “Apesar de a sociedade ter um papel fundamental nessa questão, nossas atitudes não têm o impacto necessário para solucionar o problema. Ações individuais não são suficientes, é preciso o envolvimento dos governos”, afirmou o jovem ao Virgula.

A psicóloga Paola Franceschi Barban, 25, sempre foi da turma dos verdes. Desde pequena separa lixos e depois, leva os sacos aos lixões recicláveis em São Paulo. Mas para ela, existem poucos depósitos na cidade, o que desanima as pessoas. Outra prática que segundo a jovem, é motivo de risada dos amigos, é a de usar jornal como saquinho de lixo. Ao invés de usar sacolas plásticas, ela se acostumou a usar papel de jornal para os lixos da casa. “Assim eu reutilizo o jornal e na hora de jogar fora, ele acaba indo junto com o lixo para a reciclagem. Mas nem todo mundo tem paciência de ficar dobrando jornal”, diz ela.

Site esclarece dúvidas e dá dicas

Tentando convencer mais gente a entrar na onda do ecologicamente correto, o Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) criou um site especial (Climaeconsumo.org.br) para esclarecer dúvidas e sugerir algumas práticas diárias. Lá, você encontra informações que vão desde como o bife que você compra no supermercado pode ser prejudicial ao meio-ambiente aos danos que as mudanças climáticas podem causar no Brasil (temperaturas mais altas, aumento da vazão dos rios, entre outros).

Quanto ao problema da carne, o Idec alerta que todos os supermercados deveriam explicar a origem da sua carne. O instituto questionou algumas grandes redes (Wall-Mart, Carrefour e Pão de Açúcar), mas considerou as respostas insuficientes. Em várias delas, as empresas afirmaram possuir cláusulas contratuais — “garantindo” que não há desmatamento ou trabalho escravo, por exemplo, nas propriedades que produzem a carne que comercializam — porém sem informar se fazem ou como fazem o controle para de fato garantir seu cumprimento.

Confira o passo a passo para reciclar no dia-a-dia:

Material necessário: Lixeira Recicla Fácil 4X1 (em média R$ 102,50); sacola de naylon ou biodegradável; sacos específicos para reciclagem de vidro, papel, plástico e metal e amassador de latas.

1 – Para começar, crie o hábito de, pelo menos, separar resíduos orgânicos dos secos em sacos biodegradáveis. (Atenção: ao ir às compras em supermercados, evite usar as sacolas plásticas convencionais, prefira as de naylon, que são reutilizáveis).

2 – Para aprimorar a separação, tenha também uma lixeira específica para reciclagem, com nichos para cada tipo de lixo: papel, vidro, plástico e metal.

3 – Crie o hábito de lavar e secar bem as embalagens tetrapack após o uso e dobrá-las sempre que possível para não fazer volume.

4 – Lave e seque as embalagens de lata, alumínio, PET, plástico e vidro para evitar ratos, baratas e outros tipos de insetos.

5 – Diminua o tamanho das garrafas PET e de latinhas, amassando-as com as mãos ou pisando em cima delas. No caso da garrafa, depois feche a tampa. Com as latinhas, use amassadores para facilitar.

6 – Separe os papéis, rasgue-os em pedaços ou empilhe as folhas em vez de amassá-las. Papel amassado ocupa mais espaço, dá mais trabalho e encarece o transporte.

7 – Se o condomínio ou residência não tiver o serviço de coleta seletiva, vá guardando tudo em caixas separadas e depois leve o material até o posto mais próximo. (Atenção: incentive o síndico ou os moradores do bairro a construir coletores para separar, pelo menos, os materiais secos dos orgânicos. Rapidamente, catadores da região enxergarão essa oportunidade. Os resíduos são fonte de renda para muitas pessoas. Um pequeno esforço tornará toda a comunidade em aliados do meio ambiente).

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Onda verde: ações diárias para ajudar a natureza