O que não fazer no Carnaval: LGBTQIA+, indígenas e pretos não são fantasias (Foto: Divulgação)

O Carnaval está chegando e depois de dois anos de pandemia, as pessoas estão muito mais animadas para curtir a folia. E esse é um momento de extrema atenção para o que vestir nos dias de festa, afinal, ninguém quer correr o risco de usar alguma fantasia desrespeitosa, e usar a desculpa de que “não sabia que essa vestimenta poderia ser ofensiva” não cola mais.

> Siga o novo Instagram do Virgula! Clique e fique por dentro do melhor do Entretê!

O debate está sempre aceso, para quem quiser ouvir. E muitas “fantasias” são sim desrespeitosas e, na verdade, nem são fantasias.

O especialista em ética, diversidade e inclusão, Deives Rezende Filho, destaca que o racismo recreativo carrega uma problemática ainda maior que, aos indivíduos serem acusados de racismo, tentam se afastar da culpa com o pressuposto do humor.

“Quantas vezes você já viu memes que comparam pessoas brancas com pessoas negras como forma de humor? Não basta não ser racista, você deve ser antirracista. O racismo recreativo é uma das ferramentas do racismo estrutural, sempre esteve presente em todas as facetas da nossa sociedade, seja por meio de piadas cotidianas, programas de televisão, filmes, séries e outros”.

“O humor racista é uma estratégia para manter as estruturas raciais de privilégio branco ao reproduzir sátiras que perpetuam violências contra a população negra. As piadas expressam diversos estereótipos negativos da população negra, fomentando a ideia de que as mesmas não podem ter respeito social”, diz.


int(1)

O que não fazer no Carnaval: LGBTQIA+, indígenas e pretos não são fantasias

Sair da versão mobile