(Da redação) – Uma revisão das últimas pesquisas públicadas pelo Fundo Mundial Para a Natureza (WWF, sigla em inglês), publicada neste domingo, 19, aponta que as consequências das mudanças climáticas são mais profundas e mais rápidas do que o constatado até agora.

Junto com a divulgação do documento, a organização apelou à União Européia que aumente suas metas de redução na emissão de gases poluentes, de 20% para 30% até 2020. No ano passado, o Painel Intragovernamental Sobre Mudança Climática (IPCC), ganhador do Prêmio Nobel da Paz, divulgou um estudo com opiniões de mais de 4.000 cientistas, de 150 países, alertando a chegada de uma "nova era climática" na qual a temperatura global pode subir até 6 graus até 2099.

A elevação do nível dos oceanos também é outra realidade preocupante, pois o panorama do IPCC, que no ano passado previa uma elevação de 59 cm até o final do século, agora estima que poderá ser o dobro. Para a mesma época, os cientistas prevêem também um aumento nas secas de longa duração e das terras de cultivo.

A Europa está no alvo das maiores complicações trazidas pelo aquecimento global, como o aumento de chuvas e inundações na região, além do maior número de ciclones nas Ilhas Britânicas e no Mar do Norte. Sem falar nas altas temperaturas que devem atingir a região mediterrânea, como a que ocorreu em 2003, quando 35 mil pessoas morreram em todo continente europeu.

Por conta destas novas previsões, os ministros de Meio Ambiente da UE devem debater em Luxemburgo, nesta segunda, o plano europeu contra as mudanças climáticas e pretendem chegar a um acordo em dezembro deste ano.

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Mudanças climáticas são mais rápidas do que o previsto

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