MARKETING determina a linha das campanhas

Emília (nome fictício) entrou em sua primeira campanha eleitoral como estagiária. Foi aprendendo e mudando de função ao longo das várias em que já trabalhou. Cuidou de edição, criação, produção executiva e finalmente marketing, em lugares tão diferentes quanto São Paulo, Recife e Goiânia. Hoje, trabalha como assistente do diretor geral de marketing de um candidato com fortes chances de chegar ao segundo turno em uma capital do Nordeste.

Os “marqueteiros” são praticamente os comandantes de uma campanha, e por isso acompanham todas as etapas. São eles que orientam cada setor e determinam a linha que um candidato vai seguir e que deve ser acompanhada por todos os que trabalham para ele. “É preciso conhecer um pouco de cada área, não basta saber só de marketing, tem que conhecer o jornalismo, criação, redação, edição, produção e saber como tudo isso funciona junto”, explica. “Temos que ter controle de tudo o que está acontecendo, nada pode sair com algum erro grave, as coisas devem seguir a estratégia de marketing estabelecida, além de implicações jurídicas, e cuidado com a imagem do candidato. Além disso acompanhamos as pesquisas qualitativas e agregamos mudanças, quando necessário”, acrescenta.

Como o candidato para quem trabalha está bem cotado, o trabalho – e a pressão – só aumentam. São horários rígidos para entrega de material, principalmente das fitas e CDs com programas de TV e rádio, alterações de última hora e um minucioso acompanhamento de tudo que está sendo dito sobre o candidato, para preparar possíveis respostas.

Mesmo admitindo que o ritmo é insano, ela diz que adora o que faz e que seu interesse pelo assunto é maior do que qualquer cansaço. “Não tem dia, nem hora, nem final de semana, nem feriado, nem folga, é complicado. Os que trabalham nisso já sabem que é assim, trabalho intenso e quase sem descanso. Normalmente trabalho por volta de 14 horas por dia, e isso se agrava muito em segundo turno”, avisa.

Ainda assim, garante que não troca de vida. “Cada campanha que faço me traz coisas novas, é interessante perceber as peculiaridades de cada lugar, as diferenças culturais e de eleitorado”, diz. Ela não nega que a boa remuneração – acima do mercado de marketing tradicional – é uma motivação, mas pondera também que, considerando a quantidade e a intensidade de trabalho, torna-se nada mais do que justa. Ainda mais para alguém, como ela, que praticamente abandona a vida pessoal para mergulhar em uma campanha longe de casa, dos amigos e da família e, ironicamente, sem sequer poder votar em sua própria cidade.

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