O governo dinamarquês planeja que a nova lei que permitirá casamentos homossexuais nas igrejas do país entre em vigor em 15 de junho, anunciou nesta terça-feira a primeira-ministra, a social-democrata Helle Thorning-Schmidt.

A lei será apresentada na quarta-feira no Parlamento dinamarquês para que comece a ser debatida, embora sua aprovação seja considera certa, já que conta com amplo apoio dos congressistas.

“Neste ano já poderemos ver os primeiros casais homossexuais se casarem em igrejas dinamarquesas”, disse em sua entrevista coletiva semanal a primeira-ministra.

Helle considerou como um passo “importante” e “natural” para a sociedade dinamarquesa “que seja reconhecida a diferença e a igualdade dos indivíduos, independentemente de quem for”.

A Dinamarca permite há uma década que casais homossexuais que constituíram união civil recebam uma espécie de bênção nas igrejas.

O novo governo dinamarquês, que ganhou as eleições em setembro de 2010, já havia anunciado na ocasião sua intenção de permitir o casamento gay nas igrejas.

A proposta provocou a oposição dos setores mais conservadores da Igreja Nacional Luterana, embora a lei permita que cada pastor possa decidir individualmente se celebrará ou não o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Segundo estimativa feita nesta terça-feira pelo presidente da Associação de Pastores Dinamarqueses, Per Bucholdt Andreasen, 70% dos ministros da Igreja Luterana está disposto a realizar casamentos homossexuais nos templos.

Com a adoção da nova lei, a Dinamarca – onde não existe separação entre estado e igreja – se unirá aos países que já permitem o casamento entre pessoas do mesmo sexo, como Holanda, Espanha, Bélgica, Canadá, África do Sul, Noruega, Suécia, Portugal e Islândia.


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Lei permitirá casamento gay em igrejas dinamarquesas

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