Impacto financeiro da pandemia é menor do que em trimestres anteriores, mas continua significativo

A TransUnion, empresa global de informações e insights, divulga os resultados do Consumer Pulse Study referentes ao 4º trimestre de 2021, mostrando o efeito da pandemia de COVID-19 nas finanças dos brasileiros. Embora o impacto financeiro para os consumidores tenha diminuído em relação aos estudos anteriores, este manteve-se significativo – quase metade (48%) dos participantes brasileiros relatam terem sido afetados monetariamente no último trimestre de 2021.

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No entanto, há uma diminuição no número de consumidores que esperavam que a renda familiar fosse atingida pela pandemia no futuro. Além disso, metade dos entrevistados, cuja renda diminuiu, permanecem esperançosos de que vão recuperar suas finanças.

O Consumer Pulse Study do 4º trimestre de 2021 foi baseado em uma pesquisa com 1.034 adultos brasileiros, realizada entre os dias 1º e 10 de novembro de 2021.

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“Mesmo vendo algumas melhorias, o impacto financeiro da pandemia nos consumidores brasileiros permanece importante”, diz Claudio Pasqualin, Diretor de Desenvolvimento de Negócios da TransUnion Brasil. “Muitos brasileiros estão redimensionando seus gastos e expressando preocupações sobre sua capacidade para pagamento de contas. É fundamental que os credores entendam essa dinâmica e ofereçam opções para que os consumidores alcancem estabilidade financeira”, finaliza.

Sinais positivos foram observados na maioria das classes sociais, mas um percentual significativo de consumidores ainda enfrenta dificuldades financeiras

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Houve uma redução no percentual de consumidores brasileiros na maioria das classes sociais que relataram impacto financeiro negativo devido à COVID-19. As famílias de menor renda (receita mensal inferior a R$ 1.000) apresentaram melhora mais significativa. Nesse grupo, 69% das famílias indicaram terem sido afetadas monetariamente no quarto trimestre de 2021, abaixo dos 72% e 75% no 3º e 1º trimestre de 2021, respectivamente.

Nas famílias de renda média (receita mensal entre R$1.000 e R$5.000), 53% indicaram dificuldades financeiras no 4º trimestre de 2021, abaixo dos 54% e 57% no 3º e 1º trimestre de 2021, respectivamente. Nas famílias de renda média-alta (receita mensal entre R$5.000 e R$10.000), 32% relataram terem sido impactados, contra 38% no 3º trimestre e 35% no 1º trimestre de 2021. Nas famílias com maior renda (acima de R$10.000) 38% declararam resultados negativos no último trimestre, um pouco além dos 37% do 3º trimestre e de 33% no 1º trimestre de 2021.

A perda de emprego continua a afetar a renda familiar, com 32% dos consumidores pesquisados relatando que alguém em sua casa perdeu o emprego – abaixo dos 36% no 3º trimestre e 35% no primeiro estudo de 2021. A redução do salário e da jornada de trabalho também foram os principais motivos para as mudanças de renda, com 29% e 19% dos brasileiros indicando que alguém em sua casa teve seu salário e horas de trabalho reduzidos, respectivamente. De forma encorajadora, o percentual de consumidores que indicaram terem iniciado um novo emprego ou atividade geradora de receita cresceu para 15%, passando de 9% no 3º trimestre e 11% no 1º trimestre de 2021.

Foram relatados sinais positivos adicionais na forma como os compradores descreveram sua situação financeira. Em comparação com o 1º trimestre de 2021, o percentual maior de todos os consumidores pesquisados foi definido como estável (16%, um aumento de 5% em relação ao 1º trimestre). Muitos se definiram como esperançosos, ou seja, mesmo com a queda da renda familiar, acreditam que suas finanças se recuperarão (50%, 2% a mais que o 1º trimestre). Houve os que estavam resilientes, cuja renda familiar diminuiu, mas as finanças se recuperaram totalmente (7%, aumento de 1% em relação ao 1º trimestre). Há o percentual de consumidores definidos como no limbo, no qual, além de a renda familiar ter caído, estão inseguros ou ligeiramente duvidosos de que suas finanças irão se recuperar. Para este grupo, a porcentagem foi de 22%, abaixo de 7% em relação ao 1º trimestre.

Apesar dessas melhorias, os consumidores estão reduzindo os gastos ilimitados em meio a preocupações em torno do pagamento de contas pessoais, provavelmente por questões macroeconômicas, como a inflação. Entre os brasileiros afetados, 93% expressaram preocupação com sua capacidade de pagar integralmente suas contas e empréstimos, o que foi estável a partir do 3º trimestre e acima de 90% no 1º trimestre de 2021. Já 56% indicaram que não seriam capazes de pagar pelo menos uma de suas contas e empréstimos atuais integralmente.

Além disso, o percentual de consumidores impactados que indicaram terem que reduzir os gastos ilimitados das famílias nos últimos três meses de 2021 aumentou para 75%, passando de 67% no 3º trimestre e 64% no primeiro estudo de 2021. Mais de oito em cada dez compradores (82%) expressaram preocupação com a taxa atual de inflação, com 88% indicando que estavam fazendo mudanças em seu comportamento de compra por causa disso.

Fotojornalistas são premiados ao exporem o impacto da pandemia

Forough Alaei: Fabio Bucciarelli: Florence Goupil: Diego Ibarra: Ingmar Nolting: Tommaso Protti: Nicolò Filippo Shi Yangkun: Em Wuhan, cidade chinesa onde o coronavírus foi descoberto, Shi documenta a recuperação da cidade depois da pandemia, especificamente focando na recuperação física e psicológica dos pacientes da Covid-19 na cidade. Créditos: Shi Yangkun/Getty Images Reportage Grant

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Impacto financeiro da pandemia é menor no trimestre, mas significativo