Quem nunca sentiu ciúme? Há momentos que pode parecer normal, mas quando é exagerado é um sinal de alerta. Algumas pessoas acreditam que pode acender as chamas da paixão, outras acreditam que sentir ciúme mostra que o companheiro ou companheira gosta muito da outra pessoa, mas e quando o ciúme se torna excessivo?
De acordo com a psicanalista Tatiana Ades, quando o ciúme é exagerado e “se torna o centro de sua vida, a necessidade de controlar o outro é imensa e o sofrimento também, são 24 horas com a mente paranóica imaginando traições e vinganças”.
Um dos fatores que remete a esse sentimento é a baixa autoestima e o medo de perder a pessoa amada, “mas é impressionante como o ciúme doentio pode crescer e se tornar um processo paranóico”, continua a psicanalista.
Quais são os sintomas?
-Medo de ser deixado e abandonado
-Sensação de baixa autoestima
-Falta de vontade para fazer as coisas (depressão)
-Ódio do parceiro por qualquer motivo
-Pesadelos envolvendo o parceiro com outras pessoas
-Começam a vasculhar senhas no computador, nos bolsos, contratam detetives e fazem escândalos em festas
Quando chega a essa dimensão, o ciúme já é tratado como uma doença e a ajuda de um psicanalista é extremamente importante para “melhorar a autoestima do paciente, fazer com que ele perceba que pode se bastar sozinho, que aquelas sensações são fruto de sua imaginação e trazê-lo de volta à realidade”, revela Tatiana.
O processo exige terapia onde são desenvolvidas técnicas para que a pessoa consiga perceber que está num quadro paranoico, e a psicanalista acrescenta que “a cura existe, mas todo o processo terapêutico é muito difícil”.
Para quem tem na sua vida pessoas que sofrem desse mal a melhor maneira de ajudar é “não estimular, não fofocar, não aumentar na pessoa a sensação de abandono e de que o outro possa estar traindo de fato”, conclui Tatiana Ades.
