A luta contra a dependência de cigarros foi um dos grandes desafios na vida do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que depois de largar o vício, colaborou com a conscientização sobre o tema em um vídeo transmitido nesta quinta-feira pela Casa Branca no “dia antitabaco” do país.

“A verdade é que deixar de fumar é difícil”, admitiu Obama na gravação. “Acreditem em mim, eu sei. Mas podemos fazer com que seja mais fácil”, acrescentou.

Além de promover os esforços do governo americano para ajudar pessoas a largarem o fumo, Obama repreendeu as companhias de tabaco por denunciarem nos tribunais as novas leis que pretendem dissuadir os jovens de começar a fumar através de rótulos com advertências explícitas.

As empresas de tabaco “não querem ser honestas sobre as consequências” do consumo deste produto, disse Obama, que acrescentou que “o tabaco continua sendo a principal causa evitável de morte prematura nos Estados Unidos”, e que “a melhor maneira de prevenir os problemas de saúde que vêm com o hábito de fumar é evitar que os mais jovens se iniciem na dependência”.

Nesta quinta-feira (17) foi comemorado o 36º aniversário do “Great American Smokeout”, uma iniciativa da Associação Americana contra o Câncer para conscientizar sobre os efeitos do tabaco na saúde.

O presidente americano disse saber que não é fácil fazer com que as pessoas parem de fumar, mas isso pode ajudar os americanos a terem vidas “mais longas, mais felizes e mais saudáveis”.

Devido à promessa de chegar à Casa Branca livre do vício, Obama era frequentemente visto mascando chicletes de nicotina, que bloqueiam o desejo pelo cigarro, durante a campanha eleitoral de 2008. No entanto, meses após sua chegada à Presidência, reconheceu que ainda fumava de vez em quando.

Obama prometeu à sua esposa, Michelle, que não fumaria dentro da Casa Branca, onde o tabaco é proibido desde o governo de Bill Clinton (1993-2001), embora não tenha dito nada sobre acender um charuto nos jardins da residência oficial.

Contudo, em sua última bateria oficial de exames médicos, o relatório revelou que, finalmente, a vida do presidente americano está livre deste mal.

O tabaco é a principal causa de mortes evitáveis nos Estados Unidos, onde mata 443 mil pessoas por ano (mais de 1,2 mil por dia). Embora o número de fumantes tenha diminuído significativamente no país nos últimos 40 anos, essa queda estagnou recentemente, e hoje cerca de 46 milhões de pessoas (20% da população) são fumantes. 


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Ex-fumante, Obama incentiva americanos a largarem o cigarro