(EFE) – O embaixador russo na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Dmitri Rogozin, negou hoje que a Rússia tenha instalado mísseis táticos na região separatista georgiana da Ossétia do Sul que poderiam chegar à capital da Geórgia, como foi falado nos Estados Unidos.

"Não, não, não", respondeu Rogozin a perguntas sobre a instalação de mísseis em uma entrevista à emissora "France Inter".

O embaixador acrescentou que "não é possível atacar" a capital da Geórgia, Tbilisi.

Rogozin garantiu que teve início a retirada das tropas russas "do território da Ossétia do Sul", apesar de assinalar que a aplicação do plano de paz levará "alguns dias".

"A retirada completa depende da política" do presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili, e "da ação de suas forças", disse.

O embaixador completou: "Em todo caso, queremos acabar com este pesadelo o mais rápido possível".

O acordo de cessar-fogo, de seis pontos, assinado por Rússia e Geórgia, com a mediação do presidente francês e temporário da União Européia (UE), Nicolas Sarkozy, prevê a retirada de todas as tropas russas que entraram na Geórgia.

Quanto à advertência dos EUA de que não permitirão que a Rússia "desenhe uma nova linha vermelha diante de Estados que não pertencem à estrutura transatlântica, como Geórgia e Ucrânia", Rogozin questionou sobre como é possível falar da chance da integração da Geórgia à Otan após "o massacre organizado por Saakashvili.


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Embaixador russo na Otan nega montagem de mísseis na Ossétia