Neste domingo (5), todas as seções eleitorais brasileiras permaneceram abertas entre 8h e 17h para registrar o voto dos 128 milhões de eleitores para prefeitos e vereadores dos 5.563 municípios existentes no País.

Às 17h30, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou um balanço em que estimou que 2.233 urnas eletrônicas tiveram de ser substituídas no Brasil, sendo que o voto manual passou a ser realizado em 14 seções. O Estado que apresentou mais problemas com o atual sistema de votação foi Minas Gerais, onde 330 urnas foram trocadas.

Entre os casos mais graves registrados, José Solon Schifter, de 68 anos, sofreu um infarto fulminante em um colégio de Lebon Régis, em Santa Catarina. Em Morro da Fumaça, no mesmo Estado, Florindo Carrer, 76, faleceu quando andava em direção à urna para votar.

No Rio de Janeiro, houve confronto entre moradores e o Exército na principal zona eleitoral da favela Cidade de Deus. Homens tentaram agredir militares responsáveis pela segurança na região, que reagiram dando tiros com balas de borracha. Duas pessoas foram atingidas.

Houve também, de acordo com o TSE, mais de 800 prisões em todo o País, a maioria por boca-de-urna. No Rio de Janeiro, três candidatos a prefeito – Eduardo Paes (PMDB), Alessandro Molon (PT) e Fernando Gabeira (PV) – foram advertidos pela Justiça Eleitoral por fazerem propaganda em locais de votação. O vereador Luiz Carlos Ramos (PSDB-RJ) foi preso pelo mesmo motivo.

O primeiro prefeito eleito do Brasil foi Nelson Mário Graça, o Pila, de Ibiam (SC). Ele teve 732 votos, o que corresponde a 45,13% dos votos válidos. Em São Paulo, a apuração realizada mais rapidamente foi em Borá. Lá, Luiz do Açougue (PT) foi eleito com 478 votos.

Das principais capitais do País, Curitiba soube primeiro quem vai governar a cidade por mais quatro anos. Beto Richa (PSDB) tinha 77,14% dos votos válidos até as 18h20, quando mais de 85% das urnas haviam sido apuradas.


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