Dia da Mulher: sete livros escritos por elas para ler o quanto antes, com Adriana Ortega e mais (Foto: Divulgação)

O Dia Internacional da Mulher é uma data de extrema importância no calendário internacional, oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) na década de 1970 para celebrar a luta feminina histórica em busca de direitos igualitários.

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A ocasião representa a força e a coragem das mulheres em enfrentar o machismo arraigado na sociedade e lutar por sua liberdade, independência e autonomia. A princípio, essa data marcou a reivindicação por igualdade salarial, mas ao longo dos anos, o empenho das mulheres tem se ampliado para além disso, abraçando muitas batalhas, como por exemplo o combate à violência e a violação de direitos básicos.

Mas para além da luta, a data é também uma oportunidade para celebrarmos os avanços femininos na sociedade, na política, na economia e no mundo literário. Pensando nisso, a BibliON, biblioteca digital gratuita de São Paulo, selecionou algumas autoras para prestigiarmos neste 8 de março.

Então, que tal ler livros com histórias contadas pela ótica feminina? Os aprendizados podem ser levados para o resto da vida. Confira os livros para leitura gratuita na BibliON:

Mulheres extraordinárias -Karla Maria

Escrito com apuração jornalística e sensibilidade feminina, este livro é o encontro de perfis, reportagens e histórias de mulheres marcadas por dramas sociais, raciais e morais. Mulheres que confiaram à jornalista lágrimas e sorrisos, tombos e superações, denúncias de maus-tratos, preconceito e desespero. Desabafos de fé, de luta e conquista. Nestas páginas estão mulheres extraordinárias que marcaram os 15 anos de carreira profissional desta jornalista, que elegeu as “periferias existenciais” como sua grande redação. Conta também bastidores de algumas reportagens, aventuras pelos rincões do país, os dilemas e o medo que às vezes visita o fazer jornalismo. Eis uma boa leitura para aqueles que apreciam boas histórias e o bom e humano jornalismo.

Extraordinárias Mulheres que revolucionaram o Brasil – Aryane Cararo

Elas mudaram (e estão mudando) a nossa história. Mas você conhece a história delas? Dandara foi uma guerreira fundamental para o Quilombo dos Palmares. Niède Guidon descobriu os registros rupestres mais importantes do nosso território. Indianara Siqueira é uma das lideranças mais atuantes da comunidade trans. Essas e muitas outras brasileiras impactaram a nossa história e, indiretamente, a nossa vida, mas raramente aparecem nos livros. Este volume, resultado de uma extensa pesquisa, chega para trazer o reconhecimento que elas merecem. Aqui, você vai encontrar perfis de revolucionárias de etnias e regiões variadas, que viveram desde o século XVI até a atualidade, e conhecer os retratos de cada uma delas, feitos por artistas brasileiras. O que todas essas mulheres têm em comum? A força extraordinária para lutar por seus ideais e transformar o Brasil.

Mulheres e poder Um manifesto -Mary Beard

Uma aula sobre empoderamento feminino Uma das mais respeitadas e conhecidas historiadoras contemporâneas, Mary Beard escreve um verdadeiro manifesto feminista. Baseado em duas palestras proferidas por ela nos últimos anos, O poder das mulheres traça as origens da misoginia desde os tempos antigos e mostra que esse ódio continua tendo voz. A autora apresenta inúmeros exemplos de como as mulheres sempre foram proibidas de terem um papel de liderança na vida civil. De Medusa a Filomena (que teve a língua cortada) passando por Hillary Clinton, Angela Merkel e Dilma Rousseff, Mary Beard faz reflexões inclusive sobre a sua própria trajetória para discutir como o papel feminino precisa ser redefinido na estrutura de poder da sociedade atual. Mais um best-seller da autora de SPQR.

 

O mito da beleza Como as imagens de beleza são usadas contra as mulheres – Naomi Wolf

Em O mito da beleza, a jornalista Naomi Wolf afirma que o culto à beleza e à juventude da mulher é estimulado pelo patriarcado e atua como mecanismo de controle social para evitar que sejam cumpridos os ideais feministas de emancipação intelectual, sexual e econômica conquistados a partir dos anos 1970. As leitoras e os leitores encontrarão exposta a tirania do mito da beleza ao longo dos tempos, sua função opressora e as manifestações atuais no lar e no trabalho, na literatura e na mídia, nas relações entre homens e mulheres e entre mulheres e mulheres. Nomi Wolf confronta a indústria da beleza, tocando em assuntos difíceis, como distúrbios alimentares e mentais, desenvolvimento da indústria da cirurgia plástica e da pornografia.  Esta edição, revista e ampliada,  pela primeira vez publicada pelo selo Rosa dos Tempos, traz uma apresentação da autora contextualizando o livro para os leitores de hoje, já que esteve mais de duas décadas longe das livrarias brasileiras.

Carolinas a nova geração de escritoras negras brasileiras -Adriana Ortega

A obra e a vida de Carolina Maria de Jesus (1914-1977) foram o ponto de partida do processo de formação pela Flup – Festa Literária das Periferias – das 180 mulheres que escrevem neste livro. Inspiradas na autora de Quarto de despejo, a primeira mulher negra brasileira a fazer sucesso internacional no meio literário, trilharam os caminhos do conto, da crônica, do diário e do relato autobiográfico em busca de suas próprias vozes como escritoras. O resultado é um conjunto de textos que surpreende pela diversidade e riqueza de temas, vocabulários, estilos e, sobretudo, pela força da escrita dessas mulheres – catadoras, professoras, estudantes, advogadas, produtoras, mães e, agora também, escritoras negras de uma nova geração que deixará a sua marca na literatura brasileira. Orientadoras e orientadores da formação: Ana Paula Lisboa, Cristiane Costa, Eduardo Coelho, Alexandre Faria, Eliana Alves Cruz, Fred Coelho, Itamar Vieira Junior e Milena Britto.

Leia MULHERES Contos -Várias autoras

Que tal ler mais mulheres? A provocação da escritora inglesa Joanna Walsh inspirou Juliana Gomes a criar, com as amigas Juliana Leuenroth e Michelle Henriques, o “Leia Mulheres” em São Paulo. Muitas mediadoras que assumiram para si a missão de promover clubes em suas cidades também escrevem – e são a maioria das autoras dos 23 contos deste volume, além de autoras convidadas. Outros seis são resultado de concursos promovidos pelo Sweek, plataforma de compartilhamento de conteúdo literário e parceira neste volume. Os textos passam pelo humor, pela tragédia, pela melancolia, pelo afrofuturismo, pelo suspense, pelo terror. As vozes das mulheres são múltiplas, com diversidade de origens e temas. E vêm com a potência de quem tem muito a dizer.

A mulher vai ao cinema -Inês Assunção de Castro Teixeira

Os filmes selecionados neste livro procuram representar uma cinematografia de qualidade – destacada daquela que tem fins exclusivamente comerciais –, tratando de temáticas relevantes referentes às mulheres. Entre os filmes, estão clássicos como Hannah e suas irmãs, de Woody Allen; Eternamente Pagu, de Norma Bengell; A excêntrica família de Antonia, de Marleen Gorris, entre tantos outros que marcaram a história do cinema nas últimas décadas. Todos os autores e autoras de “A mulher vai ao cinema” são pesquisadores(as) que têm em comum o desejo de refletir a partir do cinema e sobre o cinema.

Para utilizar o serviço gratuito, basta que os interessados acessem www.biblion.org.br ou baixem o aplicativo BibliON, disponível no Google Play e na Apple Store e realizem um breve cadastro. O usuário pode fazer empréstimos de até duas obras simultâneas, por 15 dias. A BibliON permite, ainda, ações como organizar listas, adicionar favoritos, compartilhar um livro como dica de leitura nas redes sociais, fazer reservas, ver histórico e sugerir novas aquisições. Por meio de princípios de gamificação, os associados conseguem acompanhar as estatísticas do tempo dedicado à leitura e participar de desafios.

O sistema de busca permite a  utilização de diversos filtros, como tema, autor, categoria ou título. É possível ler em dispositivos móveis, sem a necessidade de usar dados do celular, por meio do download prévio do título ou, ainda, ajustar o tamanho da letra e o contraste da tela; escolher diferentes modos de leitura para dia ou para noite e acionar a leitura em voz sintetizada, para saída em áudio do texto.


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Dia da Mulher: sete livros escritos por elas para ler o quanto antes

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