(Da redação) – O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta terça-feira, 9, um estudo sobre a situação do negro no país (a designação da cor foi estabelecida segundo autodeclaração dos pesquisados). A pesquisa foi baseada nos indíces de escolaridade, renda e pobreza obtidos pela Pesquisa Nacional por Amostra e Domicílio (Pnad), lançadas pelo IBGE entre 1993 e 2006.

Os dados divulgados mostram que, em 1996, 82,3% dos negros estavam matriculados em etapas do ensino fundamental de acordo com sua idade. Esse índice subiu para 94,2% em 2006. A renda nesta faixa da sociedade também cresceu, mas não com muita expressividade. Hoje, o negro ganha R$ 19 a mais do que os números registrados em 1996. Enquanto isso, os rendimentos dos brancos caiu de R$ 1.044,20 para R$ 986,50. Mesmo assim, esse grupo vive com quase o drobo de renda per capita em relação ao negro.

O estudo ainda mostra que os negros são menos protegidos pela Previdência Social. Eles também começam a trabalhar mais cedo e se aposentam mais tarde. Mesmo com o crescimento da renda, a erradicação da pobreza entre os negros não cresceu muito. Em 96 eram 46,7% dessa faixa feita de pobres, em 2006 caiu para 33,2% ou dois milhões de pessoas que melhoraram de vida. Porém, entre os brancos, esse número chega aos cinco milhões.

Entre as possíveis causas para essas diferenças, estão a herança histórico-cultural que o país herdou da escravidão, além dos cargos de pouco prestígio ocupado pelos negros ao longo dos ano.

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Condição social do negro melhora, mas ainda é inferior

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